Wednesday, February 22, 2006

O que pega é que tou trabalhando demais.
Ainda não cheguei naquele estágio onde quanto mais se ganha, mais se manda e menos se trabalha.


Olha, espero que não demore muito, porque eu tou que não me guento.

Carnaval taí e eu vou ficar aqui mesmo, no vermelho.

Desembestei a viajar e gastei tudo o que podia e não podia.
E nem tou reclamando viu, valeu a peníssima íssima íssima.
(e se você visse a minha morenidade, concordaria comigo)

Nessa época também, o único lugar onde eu arriscaria seria Curitiba. Acho que é um bom lugar pra quem não gosta da agitação carnavalesca.


Tem a minha avó, o parque São Lourenço, a ciclovia, A Gata Comeu & Sinuca, gentes que a gente gosta de ver de vez em quando pra não enjoar, Cafés e, o que há de melhor por lá, a Família Mayer.
Ah, isso sim vale a pena.

Família Mayer é meu exemplo de coisas boas. É a prova cabal de que a instituição familiar pode, ainda que raramente, dar certo e colher bons frutos.
São gentes que convivem desde que existem e você sente, só de ficar perto, que se amam de verdade. De vez em quando (e sempre) eles brigam, xingam, ameaçam, e por mais que te doa nos ouvidos você sabe que mais cedo ou mais tarde (e normalmente é cedo, bem cedo), eles vão voltar a se abraçar. E não é aquele tipo de abraço que a gente costuma dar, implícito. Lá eles pedem desculpas, verbalizam os sentimentos bons, demonstram o quanto se importam um com o outro.
É bonito de se ver, vou te contar.

Calma lá que não tou me lamentando, mesmo porque eu gosto da minha própria família, uma gente doida que só vendo. Mas a única coisa que realmente me faz falta da época em que morava em Curitiba é conviver com a alemãzada querida. (e olha que o tio werner tem a lingua presa, rss, lembrei. mas esse não irrita a gente, nem de longe).

Por outro lado, tava conversando com o belisco dias desses, acho que não ia me acostumar com o clima allweneedislove por muito tempo. É bom, é bom demais, mas é um ritmo que não é meu. Não me faz mal sentar à mesa com o resto da família e ninguém conversar com ninguém. Veja bem, não tou falando de clima ruim, de gente emburrada, nem nada - que isso não faz bem a ninguém - mas de silêncio, de um bom sentir-se só.
Por isso eu gosto tanto dos gatos, rss.

Belisco falou que saiu de casa porque tinha amor demais por lá. Talvez ele tenha um pouco do que eu tenho.

Se isso é bom ou ruim eu não sei, só sei que é.

**se um dia alguém for escrever um livro pra crianças, desses com final feliz, fada madrinha e tudo mais, apresento a tia Marlene. um anjo minha gente, daqueles que têm asas e auréolas.

Monday, February 20, 2006

Final de semana mais que perfeito.

Millo sexta, estrada e Rolling Stones sábado, praia e estrada domingo.
Belisco + Belisco + Belisco. Não preciso de mais nada.

E essa semana eu tenho o Belisco pra mim todos os dias. Qui dilícia!

Friday, February 17, 2006

Empaquei com Faulkner e enjoei do Henry Miller.

Sei lá o que tá pegando.
Cariocada, tremei!

SAP.

É isso aí rapêize. Geral agilizou o esquema e amanhã de manhã partimos em direção à Cidade Maravilhosa.
Antes de chegar em Copa a gente ainda vai dar um pulo no posto 9 e no Viajandão pra encontrar os brothers Felipinho Dylon, Marquinhos Frota e Fernandinha Abreu.


SAP.

Animadíssima, mas as estatísticas não ajudam.
2 milhões de pessoas possivelmente bêbadas, suadas, com areia até o talo e os hormônios à flor da pele. 16 mil policiais.
Tem alguma coisa errada, não?

Enfim, estamos nos programando pra curtir o rolê, não necessariamente o show.
Aqui em São Paulo, por muito menos, 4 pessoas morreram esmagadas. Sente o drama: show do Rebeldes.
Se você não sabe o que é isso, não peça minha ajuda. Parece que é uma banda oriunda de uma espécie de Malhação da Argentina. Lixo, basicamente.
Pois é, e quatro pessoinhas foram pro saco.

Se no Rio eu conseguir pular umas ondinhas, pegar uma corzinha, tomar um açaí e escutar láaa do fundo um eco: I can get no o o o... satisfatcion on on on..., já tou satisfeita.
E as companhias são as mais inusitadas do mundo.
Diversão garantida, baby!


***

(momento Ti-Ti-Ti)

Orgulho de mim.

Liviushcka voltou da França. Quarta-feira nos encontramos no Ibotirama e colocamos a vida em dia. Dois meses.
Imaginei que na volta, só ela teria o que contar. Que nada. Tanta coisa aconteceu por aqui que vez ou outra eu lembro de algo importante (e contável) que não contei.
Falamos tanto que até esquecemos da sinuca. Ah, a sinuca!

O orgulho?

O escritor sentou conosco no boteco. Dividiu cervejas e risadas. Nem me lasquei.
No dia seguinte mandou um emeiow convidando pra ir ao cinema. Dispensei, é claro.
Pois é, foi mais fácil do que eu imaginava. Um enrosco a menos no placar.

Cansei de gente estranha e problemática.

Gosto das coisas simplezinhas sabe.
De sorrir quando ouço uma música bonita, leio um livro pontiagudo ou vejo um filme triste.

Gentes que gostam de alimentar tristeza não estão com nada. Já ulcerei demais pelos outros, agora eu quero mais é dar umas risadas de vez em quando.

Por isso eu gosto do belisco. Mais divertido que ele não há.

Por isso eu gosto das viagens de final de semana programadas na última hora!


***

Good Night and Good Luck.

Thursday, February 16, 2006

Mirisola tem sido um bom companheiro de busão. Joana também, ainda que a contragosto.

Wednesday, February 15, 2006

Figas.

Sábado, Rio de Janeiro, Copacabana, Rollings Stones.

Figas.
Crime Delicado.
Feio feio. Cenários porcos, luz bizarra e diálogos metidos a vamosdarumardevidareal?!. Feio.
O filme não é de todo ruim, mas a feiúra me incomodou a ponto de não conseguir valorizar o resto.
Sérias restrições orçamentárias, acho.

Tuesday, February 14, 2006

A família tá de mudança.

A mulherada - mãe + irmã + cã - vai pra Moema. Apêzinho simpático, coisa e tal.
Pra irmã tem o colégio perto e pra cã um parque do ladinho. Tão curtindo, as doidas.

Meu pai, pra variar, continua perdido. Tá animadão com a nova fase - solteiro de verdade, mas ainda não sabe muito bem o que vai ser da vida.
Por enquanto vai ficar num flat perto da Santa Cruz esperando baixar uma nova idéia mirabolante (seu Sato não perde oportunidade de embarcar em barca furada. Coisa dele.).

Domingo rolou um churras de despedida do prédio com algumas gentes amigas da minha irmã, o que já me faz ter arrepios só de lembrar.
Incrível como ela gosta de gente xucra e burra - marombeiros, policiais, criadores de pitt bull e modelétes, figurinhas carimbadas na vida dela.
A célebre frase, dita após um belo chute no retrovisor alheio: "aiai, adoro homens violentos", não podia ter vindo de outra pessoa. Família né.

Passei o dia lá, entre o churras e o empacotamento de tralhas. Aproveitei pra buscar coisas minhas há muito esquecidas: livros, vinis e algumas roupas.

De quebra, depois de implorar durante 5 horas seguidas, arrematei alguns quadros (o apê novo não tem espaço pra metade do acervo atual, bom pra mim!):
A coleção do Takaoka - que eu adoro-oro-oro. minha mãe tava com uma idéia de jirico de vender pra comprar a porcaria de um carro, pode? só por cima do meu cadáver!
Um Manabu Mabe - antes de sair no tapa com alguém, aceitei não ficar com o vermelho - preferido, até amanhã eu decido qual fica comigo.
Os 4 quadros do Aguilar - mas esses não cabem nem a pau na minha casa. pedi pra guardarem. um dia, quando eu alugar um apê com mais paredes, eu levo.

Dias estranhos. Eu que já mudei de casa trocentas vezes nos últimos anos - e apesar do trabalho que dá, adoro procurar apartamento, pensar na decoração, etc... - tou achando estranho imaginar visitar os meus pais em outro bairro que não a Vila Mariana. Acostumada com a vista de lá, com o clima de lá. Tudo remete à minha família e à sensação estranha de não sentir-se à vontade na sua própria casa. Coisa doida.
"Deseja salvar alterações nesta mensagem?"

Não.

"Tem certeza de que deseja excluir permanentemente esta(s) mensagem(ns)?"

Sim

Saturday, February 11, 2006

Aconteceu por aqui.

***

(interurbano, cwb - sp)

- Me conta dele.

- Então...

- Vai, quantos anos ele tem?

- Putz...

- Tou curiosa, fala!

- Julio, me dá um cigarro!

- Ah, ele tá aí.

Espertinha!


***

(rua da consolação, sp)

- Me dá o celular!

- Não tem merda de celular nenhum, me solta.

- Então me dá dinheiro!

- Dinheiro? Meu filho, eu tou andando a pé, são duas da manhã, se eu tivesse dinheiro eu tava de táxi.
ME SOOOOOOOLTA!!!

- Cala a boca que eu tou armado (e o indicador cretinamento apontado pra mim por baixo da camiseta)!

- Armado? Então vai assaltar carro porra!
E devolve meu guarda-chuva.

***

(rua doutor vila nova, sp)

- Passa o celular, passa o celular!

- Aaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaah!

- Cala a boca e passa o celular!

- Não tenho celular.
Aaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaah!

- Cala a boca!

- Aaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaah!

- Lôca!

***

Friday, February 10, 2006

Assisti metade do Janela da Alma ontem. Muitas coisas bonitas, mas o sono venceu e eu quero prestar atenção em tudo.
Por hora, digo que o Hermeto Pascoal é ótimo, safadíssimo. Praticamente um Danilão tamanho família!
E o Manoel de Barros continua sendo meu tiozão fofo preferido (junto com o Takeshi Kitano, que é xucro, então tá em outro patamar).

***

Ganhei chocolatinhos. Línguas de gato numa embalagem que é uma graça.
Chocolates sempre caem bem.

***

Hurtmold é legal. Assisti um show deles, num festival de hardcore do tempo do onça, e lembro de ter gostado. Mas eu prefiro Diagonal.
Engraçado comparar desse jeito, mas por algum motivo obscuro, pra mim, as duas bandas estão diretamente relacionadas.
Falando nisso, semanas atrás fui ao Funhouse assistir um show do Debate, projeto paralelo dos caras do Diagonal.
Gostei viu, músicas boas e cantáveis.

***

Saudade de ouvir Tidal.
Se você souber de alguém que tem o CD novo, me avisa.

***

Essa semana estréia o filme do Johnny Cash.
Mr. Jubash tá quase infartando de ansiedade.

***

Saudade da sinuca.
Quando eu crescer e tiver um tanto assim de dinheiro, vou alugar um apê grandão e colocar uma mesa de sinuca na sala.
Vermelha tem que ser. Com bolas de cores bem vivas (e não as desbotadas que eu costumo usar por aí), tacos personalizados e luminárias sobre a mesa.
Mas não pode ser mesa oficial, que exige uma elasticidade que eu não tenho. Mesa de boteco mesmo, que é meu número.

***

Wednesday, February 08, 2006

Aquela Loucura Roubada Que Não Desejo A Ninguém A Não Ser A Mim Mesma Amém.

***

Showzinho interessante hoje. Entre bandas mais e menos interessantes, vai tocar The Draft.
Nunca escutei, mas é formada por 3/4 do Hot Water Music, o que é uma ótima referência.

Deu vontade de ir, até que descobri o preço do ingresso e o local do show:
25 mangos, Hangar 110.

Me sinto velhanostálgicamalaeresmungona, mas céus, o que aconteceu com o bom senso das pessoas?
Não se paga 25 reais pra entrar no Hangar. Ponto.

***

Ganhei um livro lindinho do meu vizinho, Os Cem Menores Contos Brasileiros. Meu microconto preferido:

A Viagem

Fora do ventre,
retraiu por um segundo a face,
que envelhecia.

Marcílio França Castro
Calor de rachar.
Imagina que ontem cheguei em casa 1h da manhã suando em bicas.
Sinto pena dos gatos, que acabam ficando o dia inteiro enfurnados no apartamento, correndo atrás dos próprios rabos.
Desde que a Catarina se foi, quando caiu do 7º andar estatelada na casa do porteiro, eu morro de medo de deixa-los livres leves e soltos quando não estou por perto.
Já pensei em colocar rede na varanda também (a Catarina caiu da área de serviço, essa já foi devidamente isolada), mas eu gosto tanto de sentar no parapeito de vez em quando, ouvir New Model Army e sentir o vento no rosto. Não dá. Além de me privar dessa sensação de liberdade, esteticamente, a coisa não soa bem.

Falando em gatos.

Bud Spencer continua gordo. Uma bola de pêlos ambulante. Fofo fofo.
De vez em quando não aguento e o aperto com gosto, até ouvir um resmungo rouco e fino. Aí eu paro, que gato morto não vale de nada.
Desde que o Marcelo foi embora, sinto o Budinho um tantinho mais carente. De vez em sempre olha pra mim e mia sofrido até que eu dê uma coçadinha no cangote.
Mas nada de muito meloso. Bud Spencer é um gato durão. Se não te conhece, não te confia.
A única coisa que me enche é a mania dele de me acordar pra colocar comida, ainda que pote esteja cheio. Enquanto eu não levanto, vou até o pote e dou uma mexidela, fingindo que tou colocando comida nova, ele não sossega. Mas depois disso ele se farta de ração e não resmunga mais.

Clarinha continua mais cã que muito poodle. Magrela que só, fica o tempo inteiro atrás, prestando atenção no que estou fazendo.
Adora dormir em cima do monitor do computador, e de vez em quando, acaba com a teoria de que os gatos caem de pé. Ela cai, de costas, no colo de quem estiver sentado usando a máquina.
Tem um jeitinho lindo de pedir atenção, esticando a patinha e encostando de leve no seu rosto. Não tem quem não se derreta por ela. Gata mais dada que essa, não há.
Dia desses alguém ainda vai coloca-la na mochila e levar embora.

Gatos são companhias ideais. Vivo dizendo isso a quem se aventura a viver sozinho.
Um lance meio Bill Muray, rss, silencioso, sem resmungos. E uma carência boa de vez em quando, na medida certa.

O mundo só seria perfeito se as pessoas qualificadas parassem de modernizar ipods e automóveis a cada 3 segundos.
Com tanta tecnologia, por que diabos ainda não inventaram um aspirador silencioso?

**

(mas eu continuo achando que todos os cães merecem o céu. se eles dessem menos trabalho, teria uma dúzia deles em casa. mas a Maria Eduarda, dálmata da minha irmã, me faz pensar duas, três vezes antes de fazer uma besteira. cachorra doida.)

(o apelido da minha irmã é noínha.)
Tou fazendo uma porta/cortina de miçangas pra colocar na entrada da cozinha.
Comprei um pedaço de madeira, preguinhos, suporte pra colocar na parede e 240 metros daquela linha cheia de bolinhas.
Vermelhas, pra combinar com a decoração.

Tinha visto uma dessas no shopping. Toda bonita e prontinha pra levar por 130 mangos.
Fiquei avaliando o material e, metida, achei que podia fazer uma melhor gastando menos.
Se arrependimento matasse...

Eu me viro bem pregando coisas na parede de casa, mas aqueles preguinhos que eu comprei são uma brincadeira de mal gosto.
Meus dedos estão esfolados de tanto enrolar e desenrolar, apertar e desapertar e, é claro, martelar o alvo errado.
No começo eu pensei: "sou um gênio, uma artista! vou largar a vida burocrática, nunca mais vou entrar num escritório, e sair por aí vendendo - a preços acessíveis - as exclusivas portas de miçanga". Óbvio que desisti assim que percebi que tinha perdido a sensibilidade da mão direita, isso lá pelo 5º metro de linha.
Vi que essa vida de trabalhos manuais é mais difícil do que se imagina.
Talvez eu devesse parar de fazer piadas com os hippies da República e seus extraordinários trabalhos em epóx e os exclusivos brincos de arame e penas.
É, talvez. Ah, mas quem se importa com os hippies???

O deadline já foi definido, sábado. Ou eu acabo a porcaria da porta, ou... ou... pago alguém pra acabar.

Tuesday, February 07, 2006

Ano passado baixou um inferno astral dos brabos por aqui. Pouco antes do meu aniversário as coisas começaram a desandar de um jeito esquisito. Nenhuma tragédia homérica nem nada, mas pequenos parafusos se soltaram de engrenagens importantes. Um lance chato pra caramba.
Nunca fui de acreditar nessas coisas: patuás, horóscopos, mandingas ou simpatias. Mas ano passado, pra tornar as coisas mais fáceis, resolvi justificar a má fase com o tal do inferno astral.
A esperança era de que quando meu aniversário desse as caras, a máquina voltasse a operar com a perfeição (exagero, com tranquilidade).
E deu certo, sabe. Ainda que eu me sinta um lixo de gente num mar de chorume durante as festas de final de ano, acho que a partir do dia 14/12 as coisas começaram a melhorar.

Dias atrás comemorou-se o ano novo chinês. Ano do cachorro. Meu ano então.

Coincidência ou não, minha geladeira parou de funcionar, a descarga disparou (e agora tá lá fechada pelo registro), a máquina de lavar não centrifuga mais e o chuveiro começa a cheirar queimado.

Ano do cão... cão dos infernos, só se for.

(nessas horas dá até uma vontadezinha de dividir o apartamento - e os afazeres domésticos - com alguém. mas passa rápido.)
Por que diabos o maço de cigarros insiste em acabar quando estou aqui, ilhada em Alphavella City?

Jäzzus!


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A quem interessar possa (continuação de um post antigo escrito por aqui - devidamente deletado):

Estou cada vez mais obcecada por tahoma. A fonte: tahoma/ arial/ times new roman. Tahoma.
Não consigo ler tranquilamente textos escritos em outra fonte.
Abro a janela, seleciono tudo, Ctrl+C, Ctrl+V no outlook e pimba na gorduchinha!

Problema? Nenhum.

Acontece que eu tenho outra obsessão relacionada ao Internet Explorer: apagar histórico, excluir cookies, arquivos e o conteúdo off-line.
5 minutos de fuçação internética significam pelo menos 3 dedadas nas ferramentas pra apagar meu rastro.
Há quem diga que é mania de quem anda vendo pornografia por aí. Pode até ser, mas não sempre. ; )

Aí que é a porca torce o rabo.

Imagine só que de vez em quando eu encontro um lance interessante na internet. Copio e colo num rascunho do Outlook, altero a fonte pra tahoma e automaticamente apago o histórico.
Pois bem, minutos depois, quem lembra de onde eu copiei aquilo? Eu não. Nunca lembro, nem adianta insistir.
Nada que me leve ao desespero, como o lance do cigarro, mas caracas, irrita um tanto sabe.

Esse post é preu lembrar de copiar e colar o endereço também.
Vamuvêsefunciona.

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Admito.
Não consigo ter respeito por gentes com língua presa. Uma linguinha errada de vez em quando vá lá, mas quando o sujeito fala assoprando e mete e linguona pra fora a cada duas sílabas, fode a milha biela. Me desconcentra, tenho a impressão que vou levar um cuspão a qualquer momento e sinto uma vontade (quase) incontrolável de dar um pescotapa.

Também se aplica a vesgos, monocelhas e bocas eternamente entreabertas.
Mas hoje eu tive uma reunião com um cliente novo - língua presa. 1 hora e meia de pura tortura.
Você tem que ver isso aqui:

http://www.chucknorrisfacts.com/index.html

Mais brutal que split Detestation e Desecration.
Mais xucro que disputa de totó entre Venom e Manowar.

In crust we trust.

Sem palavras.
Sexta-feira tem show do Los Hermanos.
O lugar é longe pra burro, com um nome NADA acolhedor: Kazebre Rock Bar (bleh!), mas o ingresso custou apenas 10 mangos, uma bagatela.

O último CD, chama-se Quatro, é bonito bonito. Músicas cada vez mais melancólicas, até as animadinhas, e pouco daquele clima ainda festivo-esperançoso do Ventura.
Uma belezura. Rodrigo Amarante é o cara. O tipo de gente que dá vontade de ter como amigo.
Ligar num sábado a tarde e convidar pra uma cervejinha. Ou pedir ombro num momento de desilusão. Uma pessoa altamente conhecível, eu acho.
(mas, eu insisto, prefiro continuar imaginando só. chega de desilusões por hora)
(Horizonte Distante - a música preferida da semana)

E o carnaval, cuméquevaiser?

Monday, February 06, 2006

acabo de ser promovida. Legal né?!
muito (mais) trampo pela frente. muita (mais) responsabilidade nas minhas mãos.
e (algum) dinheiro a mais no bolso, mas é melhor não pensar muito nisso.

simbora!
Nunca fui de admirar muitas gentes por aí. Se alguém perguntar de sopetão: "uma personalidade/ um ídolo/ uma merda qualquer", vai conseguir de mim uma cara de nojo e uma resposta cretinaprasoarengraçadinha. Jô Soares, pode ser.
Um dos problemas disso é que as gentes que perguntam esse tipo de coisa, costumam ser gentes que tendem a acreditar nesse tipo de resposta. E, pior, concordar. Céus.

Entonces.

Faz um tempo que eu leio um blog. Um rapazinho goiano e resmungão. Bem resmungão, do jeito que eu gosto.
Escreve bem pra caramba, ganhou um prêmio importante com um livro de contos tempinhos atrás e tem um bom gosto arretado.
(além do blog "pessoal" escreve nuns sites de cinema)
Nunca tive interesse em dividir esse meu passatempo com ninguém. O link tá lá nos meus favoritos, pra quando eu tenho um tempo aqui no trampo pra coçar.
Meses atrás, tava no shopping com um amigo esperando o açaí ficar pronto, comentei desse blog. Comentariozinho besta. E qual não foi minha surpresa que esse meu amigo também lia o tal do goiano, e nunca tinha comentado com ninguém.
Enfim, acabamos passando uma tarde inteira falando dele. Como ele escreve bem, como os textos são pontiagudos, como a gente não queria que ele se matasse.
Comentário vai, comentário vem, meu amigo mandou um emeiow pra ele, que respondeu feito um Lord. Resposta bonita, inspirada, cheia de sentimentos. Uma coisa doida de se ler. No dia, eu lembro, deu até uma vontadezinha de abraça-lo.

Entenda que eu "conhecia" o rapazinho a pelo menos 2 anos. Sabia do noivado, das tentativas de suicídio, dos livros que ele leu, dos filmes que ele viu e dos contos que escreveu (tá, falando assim parece que o blog é um diáriodeumgoiano. Não não é, mas a gente consegue saber MUITA coisa lendo a "ficção" alheia), e nunca tinha visto a cara do rapaz. É claro que depois de tanto tempo, fui criando um goiano pra mim.
Eu, que sou prevenida e achava que em alguns momentos ou fases as coisas não encaixavam bem, criei DOIS goianos.
O primeiro - óbvio até o talo - era alguma coisa próxima ao Bukowski. Um rosto enorme, marcado de espinhas e uma pança proeminente. Um olhar triste e xucro, duro, azedo.
O segundo - que eu achava, mais próximo da realidade - tinha um lance meio nerd. Um garoto meio magro, quieto, misterioso.

Legal né?!
Pois é, a magia se foi.

A tecnologia que, dizem por aí, existe pra aproximar as pessoas, tornar a informação mais acessível e blábláblá, também serve, descobri, pra acabar com o mundo da imaginação.
Orkut meu bem, orkut.
Não, eu não fui atrás do maldito goiano no Orkut. Mas aquele meu amigo lá de trás, que - heterossexual obviamente - inacreditavelmente me disse, tempos atrás: "aposto que é um gordinho apanhão", o encontrou e fez questão de mandar o link pra mim.

Um gordinho apanhão.

Com direito a sorriso cretino, olhar de cão beagle, cabelo repartido no meio, jeito de naescolamejogavamnalatadelixo e, pasmem, scraps melados pra noiva, argh!

Tá, tá, eu sei que isso não devia interferir na satisfação que um dia eu tive de ler o blog.
Afinal de contas, eu juro, nunca tive fantasia sexual com ele. Nunca desejei ir à goiania encontra-lo. Nunca, nunca, nunquinha, suspirei com aqueles textos melancólicos.
Mas eu broxei. Juro, broxei. Comecei a achar aquilo tudo forçado demais, sem graça demais, chupinhado demais.
Continuo entrando pra saber das novidades e tals, costume antigo não dá pra largar mão assim. Mas aquela satisfaçãozinha já não existe mais.
Sei lá, ele tem cara de ter a língua presa. Aaaaaaaaaargh!

Pra não deixar na curiosidade:
http://canissapiens.blogspot.com

E eu continuo respondendo. "Uma personalidade? Um ídolo? Alguém que eu admiro? Arnaldo Jabor. Há!"
Fim de semana em Ilha Bela.

Bukowski, Nouvelle Vague, Los Hermanos, At the Drive-In e eu.
Só gente fina.

Vidão!

Friday, February 03, 2006

Imagina um enrosco. Dos grandes. Pode ser de fio de nailon, lâ, cobre. Pode ser ninho de passarinho, dreadlock ou casal apaixonado.
En-ros-co. Pois é, sou eu. Um enrosco ambulante, minha gente!
Não tem mais graça sabe. Cansada de dizer não e as pessoas entenderem sim/ talvez/ mais ou menos/ pode ser.

Se eu disse não, meu caro, é NÃO!
Se você entendeu talvez, meu querido, é NÃO!
Mais ou menos, pode ser, e todas as suas variáveis significam, sempre, NÃO!
Se você ligou, eu prometi retornar e isso não aconteceu - tcharam! - Bo-lo!
Se você insistiu pra ir ao cinema comigo e não deu certo - uhú! - Bo-la fo-ra!

Que mais eu preciso fazer?

VÃO TODOS À MERDA! HOJE! AGORA!

(porque se desenroscar não é moleza, e eu preciso da colaboração da outra parte envolvida)

Thursday, February 02, 2006

Fui à faculdade ontem e escapei ilesa.
Muitas gentes estranhas na minha sala, muitas.
A maioria caiu lá de pára-quedas. Gentes que nunca trabalharam e resolveram, tcharam, fazer o curso de Ciências Atuariais. Rss, quer mais estranheza que isso???
Tem até um menino meio hippie que se diz artesão. Ouch!

Acho que vou pra Ilha Bela no sábado. Acho ainda. Tomara que dê certo.

Meu belisco novo é fofo (já falei isso né?).
Ficou lá em casa até as 3h da manhã. Ele me diverte horrores.
Hoje nós vamos assistir algum filme. "Tão Longe Tão Perto", foi o que ele prometeu alugar.
Win Wenders é um cara legal (as vezes).

Wednesday, February 01, 2006

Vou te dizer, esse orkut anda cada vez mais temperamental.
Mil recaditos fresquinhos e eu não consigo lê-los. Nenhunzinho.
Alguém me diz o que era a vida antes dele?
Alguém ainda entra no mirc?
Nem preciso assistir Capote pra dizer que Philip Seymour Hoffman merece ganhar o Oscar.
Ok, pau no cú do Oscar, ele merece o reconhecimento.
Meu preferido, mesmo antes de Magnolia.
De volta.
Pra variar, nada de relevante a dizer.
De vez em sempre rolam umas idéias boas, uma vontade de contar as coisas, mas passa rápido.
O tempo de abrir a janelinha da internet, selecionar o site, colocar login e senha... batata. A inspiração vai de 10 a -1 como num piscar de olhos.

Acho que isso tem alguma coisa a ver com a cobrança que eu faço de mim mesma (e eu mando a teoria da inspiração por água abaixo).
É, não se engane com esse meu jeito largado de nãotounemaícomaimagemquefazemdemim. Isso não existe, vai por mim, não existe.
Se eu fosse um tanto menos crítica, sairia por aí como a maioria, escrevendo montes de baboseiras, falando kilos de porcaria.
Mas a vergonha alheia não me permite.
Se isso é bom ou ruim eu não sei, só sei que é.

Minhas aulas começam hoje.
Tava animada, acordei mais cedo pra sair do trampo mais cedo, planejei meu itinerário, horários e tudos mais. Em vão.
Lembrei da tradicional cretinice da 1ª semana de aula nas faculdades da vida. Ser reconhecido como bicho é o equivalente a um boneco de judas no sábado de aleluia.
Eu, euzinha, cheirosinha, educadinha, me submeter a vontade de um bando de trogloditas, pedir dinheiro no sinal, ser pichada pra fazer papel de palhaça? NUNCA!
Quem diabos acha que eu tou indo lá pra fazer amigos ?
Quero mais é que todo mundo morra atropelado. Morram.

Pode até não parecer, mas eu tou num bom humor porreta hoje.
Ainda tou curtindo o clima do último final de semana que foi sensacional.
Viajar com gente diferente foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos.
Fora todo o resto. Que eu não escrevo aqui nem a pau. Foi lindo!

Ontem eu vi o filme dos pinguins.
Não é tão bom quanto eu imaginava e nem tão ruim quanto andam falando (mal) por aí.
A trilha sonora é realmente besta, com legendas altamente dispensáveis e a dublagem uma lástima, mas nem isso acaba com o charme da pinguinzada.
Céus, que animais apertáveis!
Fora isso é um filme curto, sem lenga lenga, e a fotografia eu nem preciso comentar - 7,5.
(Uma trilha sonora feita pela Björk seria mais que perfeito)

Depois da Mostra eu deixei de ir ao cinema, alugar filmes e tudo mais. Mil comprimissos e tals.
Tou com um monte de filmes na lista de oueuassistooueumemato:
Brokeback Mountain/ Munique/ Soldado Anônimo (ah, eu adoro filmes de guerra)

Por falar nisso, tou pensando em fazer uma Sessão de Guerra lá em casa:

- Nascido para Matar
- Apocalipse Now
- O Resgate do Soldado Ryan
- Johnny vai à Guerra (se eu conseguir encontrar pra alugar)

Alguma sugestão?