Friday, August 25, 2006

***

adoro pessoas bêbadas mandadoras de e-mails sensatos.

e eu não consigo responder, não como gostaria, daí não respondo de jeito nenhum.

porque eu só trabalho, trabalho, trabalho.

e continuo com a maldita contabilidade me infernizando.

ueps, peps, mmp. gostaria que tudo isso fosse à merda.

ps: andré, o seu eu não recebi.


***

tobias - o cão, aprendeu a sentar e a deitar. lindo lindo.

ontem a noite fiquei me divertindo, entuchando ele de biscoitinhos pra ve-lo sentar e deitar.
chegou uma hora que o coitado já tava torto de tanto biscoitinho e aí não tinha santo que o fizesse obedecer. quer dizer, deitado ele ficou, mas não levantava nem a pau.

e faltam poucos dias pra terceira vacina, o que significa que eu vou poder passear com tobias - o cão pelas quadradezas da santa cecília, toda orgulhosa.
tou ansiosíssima. êta cachorro lindão!

***

comprar casa dá trabalho e levando em conta que pra comprar uma coisa realmente boa eu vou ter que me endividar por pelo menos um quinto de século, vai ter que ser tudo muito bem pensado e analisado e avaliado e compartilhado.

aí eu continuo, louca da vida, dividindo os miseráveis metros quadrados do miniapê atual com os animais (beliscoamordaminhavida incluído). ó céus.

se eu pelo menos pudesse tirar e colocar a bateria deles quando quisesse, ah, aí sim seria uma belezura.

***

always look on the bright side of life.

monty phyton ruleia, tá ligado?

***

que diabo de tempo que não se decide.

agora dei pra sair de casa com a mochila cheia de roupa, porque nunca dá pra saber qual a temperatura nas próximas horas.

sempre foi mais ou menos assim, mas não desse jeito. ou foi?

***

confissão:

tenho alergia a lubrificante de camisinha.

agora só tem bimbada com camisinha não lubrificada.

engraçado isso, porque eu achei que alergia era de nascença de gente desde sempre. mas não, porque essa se desenvolveu agora, do nada. que coisa não?


***

mas porque diabos eu tou falando disso aqui?

tou agitada-ada-ada.

***

saudades das gentes. forte.

***

e tem show do tortoise chegando. torrrrrtooooooooooise, tá ligado?

e cardigans.

e gang of four.

e new order.

oh yeah móderfóquer!

as gentes bem que podiam começar a variar a época de bons show por aqui, não? se estes, por exemplo, tivessem sido democraticamente distribuídos durante o ano dava até pra planejar ir a todos. mas não, eles querem que tudo isso aconteça em dois meses e ainda têm a pachorra de cobrar os dois olhos da cara pelo ingresso (com exceção do torrrtooooooooise, que com carteirinha vai sair baratim).

e eu nem quero ficar abrindo agenda de shows nenhuma pra lembrar do resto. o que os olhos não vêem o bolso não sente.

***

Tuesday, August 22, 2006

***

A gente faz coisas horríveis quando está no auge da tpm, não faz?

Parece até que eu tou tomada pelo coisa ruim.
Faço uns escândalos bizarros, dou importância pra coisas que passariam desapercebidas num dia qualquer, fico procurando motivo pra brigar ou pra me fazer de vítima. um lance feio mesmo.
E de repente caio na real (a sorte é que os surtos não duram muito tempo) e fico me perguntando - por que diabos eu fiz isso?

E eu não sou do tipo que se aproveita da tpm pra fazer barbaridades e me justificar. não gosto disso não. me sinto fazendo papel de idiota, de ignorante. tratando gentes que não merecem de uma forma horrível.

me sinto meio minha mãe. e definitivamente isso é algo que eu não posso admitir.

***

Mas...

E se um dia der a louca nos meus hormônios e eu viver numa espécie de tpm constante?

Será que isso acontece? Com que frequência? E como se descobre?
E se eu estou com os hormônios enlouquecidos há algum tempo e não sei disso?
E se eu podia me sentir plenamente feliz e realizada com a minha vida e não me sinto assim simplesmente porque tenho problemas hormonais???
E se eu cometer um homicídio, os hormônios em excesso podem ser usados na minha defesa? (sei que sim, na teoria. mas e na prática?)
E se eu me matar e durante a autópsia descobrirem que tudo podia ter sido evitado se eu tivesse feito reposição hormonal mensalmente?

E se? E se? E se?

Nossa, isso é realmente assustador.

Porque veja bem, a depressão pós-parto já é conhecidíssima e tudo mais. E com exceção do Tom Cruise, ela é reconhecida e tratada seriamente por conta dos riscos que ela representa tanto para a mãe quanto para o bebê.
Mas e quando não era conhecida assim? As mães rejeitavam seus filhos, não conseguiam trata-lo da forma correta, tinha impulsos suicidas e homicidas e - pum! - eram simplesmente apedreajdas? Sim, porque se não se sabe que o buraco é mais embaixo, trata-se como sem-vergonhice, ou qualquer coisa parecida, né não?

Mas e eu? E eu?
E se eu sou/tou assim por conta dos hormônios?
Porque diabos eu odeio tanto as gentes ao meu redor?
Será que todas elas são criaturas adoráveis e eu não consigo enxergar a verdade?

Será? Será?

***

E mais essa:

parei de descrever meu desespero aí em cima e fui almoçar. no que eu chego junto das gentes pra fumar aquela cigarreta esperta antes de encher o buxo, me chega a notícia de que durante o final de semana um homem que morava aqui em alphaville matou os 3 filhos e se matou em seguida. o motivo: depressão.

de novo, os malditos hormônios. né não? quer dizer, o tiozinho podia até tá lascado da vida dele, segundo consta ele tinha acabado de se separar e estava com problemas financeiros, mas não dá pra justificar um infanticídio triplo seguido de suicídio só com isso. a participação dos hormônios, tenho certeza, foi fundamental.

sempre eles, sempre eles. jäzzus, alguém tem que fazer alguma coisa!!!

***
***
***

O que fode mesmo é saber que o Belisco vai trabalhar durante a noite nas próximas duas semanas.

Ele sai pra trabalhar e eu tou voltando da faculdade, ele volta pra casa do trampo e eu já saí pra ir trampar.

Não há chance de nos encontrarmos, só no final de semana.

Pôxa vida, foi-se o tempo em que eu me contentava em namorar nos finais de semana, levar o namorado pra casa dos meus pais, assistir uns filmes, dar tchau e dormir tranquilamente.

Difícil né?!

Dormir junto é o lance mais necessário do mundo.
E eu nem tou falando em trepar e essa coisa toda, que é bom pra cacete, mas que não é o lance crucial nesse período do mês. Tou falando naquela conversa boa que se tem antes de dormir, abraçados, das risadas que a gente dá um com o outro, em como é bom pegar no sono deitada no peito dele, sentindo o coração bater e o cheiro bom que ele tem no pescoço. irresistível.

Sério, muito necessário.

Aí ficar de tpm, sem belisco, dormindo sozinha. Não há ser humano que sobreviva.

Saco.

***
***
***

Reviravolta no caso - Procura-se Casa Pra Alugar.

Reviravolta das grandes.

Vamos comprar! Uhú, uhú!

Com a generosidade do BeliscoPai e as minhas idéias mirabolantes, é uma questão de tempo para que Tobias, Belisco, Felinos e Eu dominemos o mercado imobiliário de São Paulo.

Mmmhuuuaaa! (risada maléfica)

Quem viver verá.

***

Monday, August 21, 2006

***

e a gente passa das trevas à euforia num piscar de olhos.

digo e repito, se eu fosse in, chamava de bipolaridade.

mas é só o mundo, minha gente. é o mundo dando das suas voltas!

***

sempre fui master ansiosa. sempre, sempre.
não consigo dormir com um problema sem resolve-lo. nos casos mais grotescos, tenho que ter pelo menos uma saída em mente.
mas quando dependo dos outros, e do maldito bom senso que as pessoas custam a ter, me lasco de nervoso.
me corrôo por dentro, dia e noite, uma tristeza. gastrite e bruxismo - preciso falar mais nada.

e é isso, vira e mexe situações desse tipo voltam a acontecer, né não?

na vida profissional e na pessoal, é tudo uma grande repetição.

o lance que tá rolando aqui no trampo lembra muito o que eu passei quando saí da casas dos meus pais pra ir morar com uns amigos.

resolvi que tava na hora de dar no pé e em menos de um mês já tinha alugado um apê, convencido uns amigos que não tinham graaandes motivos pra sair de casa a dividir as despesas comigo, ajeitado minhas coisas num táxi e saído, sem dizer uma palavra à minha família.
é o tipo de coisa que eu gosto mesmo de fazer. tá me incomodando? dou um jeito e ponto final, sem churumelas.
e dei. tive um trabalho lascado, contei comigo e comigo mesma durante todo o tempo, mas dei conta do recado.
vida boa vai, vida boa vem, arrumamos novos moradores pra casa.
um lance meio imposto, meio com cara de esmola, acabamos sustentando um casal de "amigos" durante quase 6 meses.
é lógico que eu que queria paz e independência, não consegui conviver muito tempo com aquilo.
arranjei umas boas brigas, passei por uns belos nervosos, mas em pouco tempo saí de lá pra morar com meu namorado na época.
o grande problema é que uma das figuras parasitas era tão boa atriz que fez com que o mundo me olhasse torto por ter tomado aquela atitude. uma gentinha mal-caráter de dar gosto, que até hoje me causa náuseas.
mas é aquela coisa, acabar com a sensação de injustiça não dependia mais de mim. infelizmente eu teria que esperar que o mundo caísse na real pra poder finalmente respirar aliviada e ter meus amigos de volta.

(e eu podia até ter estribuchado, insistido pras pessoas confiarem em mim, armado encontros secretos pra explicar tim tim por tim tim o que tava rolando, mas... definitivamente eu não sou assim. puta canseira, puta desgaste, que de repente ia dar mais pano pra manga.)

saí de lá e do convívio das pessoas, mas era dureza ficar sabendo que por mais que eu não estivesse no meio, novas histórias horrendas a meu respeito iam surgindo e mais e mais pessoas iam sendo contaminadas. um lance podre mesmo.

deve fazer uns 4 ou 5 anos que tudo isso rolou. acabei esquecendo de tudo e retomando contato com algumas pessoas. pro rolê eu nunca mais voltei, essa vida na cena hardcore, ou em qualquer grupo desse tipo, é desgastante demais. e eu tou só afim de sombra e água fresca.

mesmo tendo passado por cima de tudo (será?), no fundo no fundo eu tinha uns lances engasgados, saca?
uma sensaçãozinha de desânimo, porque pra mim a tal da sirigaita-interesseira-parasita continuava por aí, livre leve e solta. e francamente, eu queria mesmo era ve-la queimando no mármore do inferno.

até que uns dias atrás acabei indo tatuar com um amigo e, papo vai papo vem, acabamos falando na tal da Porca.
passamos umas boas 3 horas - eu, meu amigo e o tatuador - descascando o abacaxi na criatura.
descobri que a máscara finalmente caiu e agora, olha a bizarrice, ela foi pedir arrêgo pra gente da pior espécie: tá dando rolê com skin.

pois é. de vegan straight edge pride, pra amiga dos carecas. um lance lastimável.

me diverti horrores com as histórias cabeludas a respeito dela e senti uma puta sensação boa ao saber que enfim o mundo sabe com quem está lidando.

rancorzinho né?! pois é.

***

e como eu tinha dito, o lance aqui no trampo é mais ou menos esse.
tenho passado poucas e boas por conta de gentes completamente sem caráter, que por conta de um sobrenome de peso acham que podem fazer a balbúrdia que quiserem.

conselhos pra que eu trouxesse essas gentes pro meu lado, eu cansei de ouvir, mas em nenhum momento cogitei realmente essa possibilidade.
trazer gente assim pro meu lado é o mesmo que me tornar um deles. não quero ser o ser humano mais coerente desse mundo, aliás coerência de c* é r***, mas eu tenho o mínimo de ética pessoal pra não deixar me seduzir pelo cheiro de poder.
de jeito nenhum ia começar a fingir que não via o que estava acontecendo - as pessoas em quem eu confio sendo humilhadas, maltratadas, pisoteadas. nem a pau.

como o lance todo foge da minha alçada, uma vez que envolve flhos de diretores e o ego de famílias inteiras, fiz o que podia ser feito. contra tudo e contra todos eu tenho defendido as pessoas em quem eu confio e me posicionado veementemente contra as decisões equivocadas de quem quer que seja.

mas é de novo o tipo de problema que não depende de mim pra ser resolvido. tudo o que eu posso fazer é esperar que a máscara caia.

hoje eu tive a maravilhosa notícia de que o objeto-do-meu-desgosto-profissional vai ser enviado pra outra área. a gestão não é mais minha e portanto, mais uma vez, é só uma questão de tempo.

não gosto muito de fazer previsões porque a gente nunca sabe, mas de uma coisa eu tenho certeza: mais cedo ou mais tarde (e pelo jeito vai ser cedo), a máscara de alguém por aqui vai cair. desabar. e o tombo vai ser feio de dar dó.

***

por hora permaneço no camarote.

***

ai minha úlcera.

;)


***
***
***

mudando de assunto.

***

amanhã viajo pra itanhaém. tá começando a esfriar, mas viajar com o Belisco é sempre bom.

fim de semana de praia nublada. hmm, dilícia!

***

update:

voltei de intanhaém.
sábado de chuva + baralho + churrasco + dormeacordadormeacorda e domingo de sol + praia + sol.

uma belezinha.

***

Thursday, August 17, 2006

é uma tristeza mesmo, uma tristeza.

cada dia que passa eu fico mais cansada das gentes ao meu redor. exausta, pra ser sincera.

se você está num emprego X ganhando Y por exemplo, pode ter certeza que o fulano ao lado, quando souber disso, vai fazer questão de falar do cara que ele conhece que trabalha meio X e ganha 5 vezes Y. mas é claro que no dia que você ficar desempregrado, o tal do fulano vai desconversar e você vai perceber que a história não era exatamente essa: o tal do emprego não existe ou o tal do cara que ele conhece nem tá ganhando tão bem assim. tá captando?

agora compreenda o meu desgosto.

tou há alguns meses matutando a minha mudança de casa. ganhei o cachorro, um belisco definitivo e agora não dá pra continuar morando naquela minusculidade de apto.
sozinha eu tava que tava feliz da minha vida, mas agora com um belisco barrigudo, um gato obeso, uma gata que acha que é um cachorro e um monstro em forma de mini cão, tou começando a sentir meu instinto assassino aflorado. enfim, foi aí que comecei a perguntar pra rapêize a respeito de imóveis pra alugar.

*cri-cri-cri* (som de grilo)

nada. ninguém. só umas bocas tortas, umas sombrancelhas erguidas, o olhar de quem tá puxando na memória e... *cri-cri-cri*, nada.
tudo bem, não acho que alguém tenha obrigação de sair por aí anotando telefones de plaquinhas de aluga-se pra mim, mas deixei o meu recado: se souber de alguma coisa, me avisa.

passamos semanas e semanas enfrentando engarrafamentos, corretores mal humorados ou (os piores) que te tratam feito rei pra te enfiar numa furada lucrativa, passeando por todas as ruas da ana rosa, vila mariana, vila madalena, santa cruz, saúde, aclimação, praça da árvore, perdizes..., entrando em casas lindas por fora e destruídas por dentro, dando soquinhos nos armários e descobrindo que todos os cômodos estavam tomados por cupins, casas úmidas, mofadas, infiltradas, sem quintal pro cão, sem garagem, perfeitas - se não fossem os malditos banheiros sem janela, perfeitas - se não fosse a maldita vizinhança, perfeitas - se não tivesse um ponto de ônibus na porta. todo tipo de roubada.

pensamos em financiar também. mas ninguém faz idéia da burocracia que um financiamento exige e da grana que você tem que dar na lata pra que o negócio valha a pena. tempo e dinheiro - são definitivamente coisas das quais não disposmos em abundância.

quando a gente tava quase desistindo e considerando a possibilidade de cortar as patas e cordas vocais do cão pra que pudéssemos viver tranquilamente num apto de gente normal que não tem um zoológico em casa, encontramos A casa.

o aluguel não é a coisa mais barata desse mundo, mais ou menos dentro do que a gente vinha pesquisando mesmo, mas acreditem em mim, é A casa.
e pra quem vai pagar aluguel, o essencial é encontrar algo que você pague com gosto. porque se vai gastar tem que ser sem peso na consciência, né não?

eu, tosca-linguaruda-master-animada, comentei com algumas pessoas.
comentário vai comentário vem, eu começo a ouvir o discurso cheio de razão de sempre:

- ah, mas eu conheço um fulano que paga metade do que você vai pagar e mora numa casa blablabla.

- é? onde? me dá o telefone da corretora?

...

- ah, mas eu já vi uma casa pra alugar muito mais blablabla.

- é? onde? me dá o telefone da corretora?

...

sempre a mesma ladainha.

de financiamento e consórcio de imóveis então. é todo mundo especialista e sabichão nesse tipo de negócio. todas as dicas, sugestões, conselhos... tá tudinho na ponta da língua.

(vontade de socar um rostinho)

mas é claro que na hora H, fulano sabe mesmo é de porcaria nenhuma. acha que enfiar o dedo vocêsabeaonde e cheirar o torna expert em qualquer assunto.

(aaaaaaah!)

(sim, isso é um desabafo)

inspira, expira, inspira, expira...

***

então gente, é isso.

o recado é basicamente: vocês que são meus amigos de fé e irmãos camaradas ajudem a difundir entre as gentes que nos conhecem que não há nada mais irritante do que alguém perguntando quanto você paga de aluguel pra avaliar se o dinheiro está sendo devidamente bem administrado. assim fica avisado que, se um dia alguém vier com essa maldita pergunta, não respondo por mim.

***

em tempo:

o dinheiro é meu não é?
se eu quiser doar tudinho pra igreja universal do reino do cão, eu dôo, não dôo?
se eu quiser queimar tudinho em praça publica, eu vou lá e queimo, não queimo? (desde que a polícia não saiba, porque queimar dinheiro - verdade - é crime).
se eu quiser gastar tudinho em putaria, eu gasto, não gasto?

então:

cuida da sua própria buzanfa, ok?

***

gente, vocês não imaginam.

***

ps: e eu nem sei mesmo se vou ficar com A casa. estamos negociando, sem parar de procurar outras opções. por isso ainda não a descrevi por aqui.

:)

Wednesday, August 16, 2006

importante 1
ontem foi aniversário do belisco

importante 2
ontem encontrei minha futura nova casa (espero)

importante 3
bud spencer - o gato mais gordo e metido da paróquia - começou, finalmente, a interagir com tobiascãosemnoção

importante 4
logo mais post de fotas supimpas pra rapêize

Tuesday, August 15, 2006

André - Uma Foca em Minha Vida

Carvalho é um cara jóia. Uma jóia, saca?

Nesse mundo de meu deus é impossível suportar mais que duas ou três pessoas. Difícil encontrar gentes suportáveis e, francamente, não quero correr o risco de me contentar com gentes de quinta de tanto cansar de procurar. Não procuro. Quando surgem eu agarro, se passam longe eu nem olho. Carvalho foi um dos que eu agarrei. Literalmente.
Inteligente como um cão pastor é capaz de entender tudinho o que eu não entendo em mim. E explica, e explica e explica. Na hora até faço aquela cara de "eu sei, eu sei", mas sei mesmo é de nada. Durmo com o Carvalho tagarelando na minha cabeça, acordo com o Carvalho tagarelando, almoço com o Carvalho tagarelando e até trepo com a voz do Carvalho na cabeça. Tipo grilo falante mesmo. De repente eu entendo - porque se insistir o barato pega - e fico pensando, "puxa, como é porrêta esse Carvalho".

Tem o Leones também, que é meu amigo-imaginário-gordinho-apanhão-eu-sempre-soube-que-esse-garoto-tinha-futuro. Uma coisa de doido que eu já contei aqui, faz tempim.
Primeiro conheci Leones e depois conheci Carvalho. O Leones, imaginário, a princípio não poderia ser conhecido por mais ninguém. Me enganei.
Num dos dias mais agradáveis da década descobri que o Carvalho compartilhava do mesmo amigo imaginário, e o amava assim como eu, imaginando. Não é incrível?

Enfim, isso tudo é pra dizer que esses dois acabam com o meu coraçãozinho e que eu sinto o maior orgulho de dizer que sou amiga deles. Um na vida real e outro na imaginação.


http://traducaoexpontanea.blogspot.com

http://canissapiens.blogspot.com

**

(Sílvia, sua arma contra o tédio)

**

Thursday, August 10, 2006

Lembra daquela música do Garotos Podres? (ah, adolescência. hehe.)

"Oi, tudo bem?
Tudo bem.
Fora o tédio que me consome todas as 24horas do dia.
Fora a decepção de ontem, a decepção de hoje e a desesperança crônica no amanhã.
Tenho vontade de chorar, raiva de não poder, quero gritar até ficar rouco, quero gritar até ficar louco.
Isso sem contar a ânsia de vômito, reação a tal pergunta idiota.
Fora tudo isso, tudo bem."


Pois é assim que eu me sinto. ponto.

Wednesday, August 09, 2006

Um Depoimento de Fé

Já há algum tempo tenho sentido um desgaste enorme no meu ambiente profissional. Cercada de pessoas sem caráter, capazes de negociar a mãe em troca de status - e com o agravante de sequer alertar o comprador do (péssimo) estado de conservação da mercadoria - gentes que aceitam ser humilhadas, expostas...
Gentes de todos os tipos, todos de quinta categoria.

Durante alguns dias fui tomada por uma onda de desespero. Cheguei a sentir a presença do encosto aonde quer que eu fosse. Não queria mais sair de casa, pois aquela imagem do encosto - vozes deformadas e imagem borrada - me aterrorizava.

Desesperada, senti que precisava de algo maior. Algo em que acreditar, algo poderoso, capaz de justificar as provações do dia-a-dia. Não aguentava aquela situação.
Nessa procura desesperada pensei no único canal real de comunicação com deus, a televisão. Zapeei noites e noites pelos canais evangélicos, me emocionei com depoimentos reais de pessoas que chegam aos templos com dores e durante o culto são completamente curadas - todas elas devidamente pagas para fazer papel de idiota. Foi algo que me tocou, mas senti que ainda não tinha encontrado A Verdade.

Surpreendentemente a resposta não veio por meio dos filosóficos canais evangélicos, foi a Discovery que me levou à luz.
Lembro da imagem da mãe natureza - ali representada por animais de grande porte, como cavalos e elefantes que, com tranquilidade, andavam e cagavam na relva. Em meio à toda turbulência que eu vivia, entendi que em algum lugar existia alguém que Cagava e Andava.

E foi nesse momento mágico me encontrei: o Grande Deus Caganda - Aquele que Caga e Anda.

Tenho encontrado muita paz de espírito adotando sua filosofia.
Não há mais desespero ou sentimento de solidão, com Caganda eu me sinto sempre protegida e capaz de me divertir com a desgraça alheia.
Mas não se engane, a arte do desprendimento é complexa e requer uma certa dose de esforço. É preciso mandar muitas pessoas à merda, e muitas vezes falta compreensão por parte delas, que não estão prontas para aceitar a Deus.
Um dos grandes fundamentos dessa religião é a não cobrança de dízimo. Este é substituido em seus ensinamentos pelo investimento do dinheiro dos fiéis em substâncias capazes de favorecer o processo de cagar e andar - etílicos e fermentados têm sido fundamentais nesse processo há milênios.

É por isso que hoje eu registro aqui o meu encontro com Deus Caganda, na esperança de que todos possam ser salvos.

Cague e Ande você também. Eu recomendo!

Friday, August 04, 2006

* * *

Pois bem.

Já tem algum tempo que eu tenho pensado em fazer terapia.

Teve a vez do dentista tiozinho:

- Minha filha, você tem que parar de ranger os dentes durante a noite. Tá tudo gasto, tá parecendo dente de velho! - assim, sutil.

- Vou ter que usar plaquinha, Doutor? - eu, toda meiga.

- Plaquinha? Há! Isso aqui só terapia resolve. - assim, fofo.

E ontem a minha coaching quase conseguiu me fazer chorar durante a sessão. Me cutucou até a alma e terminou dizendo que seria muito muito muito bom continuar com o acompanhamento de um profissional.

Poxa, mas o barato é caro pra caramba, não é?! E prioridades financeiras pra mim não faltam.

É, terapia de c* é r****.

* * *

Nos dias de desespero eu ligo pro CVV e mando um cristão tomar no cú.

* * *

Por que diabos as pessoas cortam os rabos dos seus próprios cachorros fofos bebês?
Coisa doida.

Tobias fica angustiado com o cotoco. Tenta agarrar, morder, coçar. E nada, coitado. O cotoco fica lá, inalcançável.

Engraçado é ele colocando o cotoco entre as pernas quando recebe uma bronca. Mas eu fico com peninha. Não ter o polegar opositor já é sofrimento demais pros pobrecitos, cortar o rabo é sacanagem.

* * *

BeliscoPai vai ser nosso fiador. Maravilha não ter que deixar mais dinheiro pros putos.

Gentes de imobiliária não valem um tostão, acredite em mim.

* * *

Hoje é sexta-exta-exta. Maravilha-ilha-ilha.

* * *

Wednesday, August 02, 2006

De vorta.

15 dias de férias divinamente aproveitados.
Me desliguei de tudo, gastei o que podia e o que não podia em mim e só em mim, comi feito uma porca, dormi feito um bezerro e por último, mas não menos importante, curti demais a família.

Cena 1

Eu abraçada com o Belisco, comendo banana frita com gemanda e curtindo o friozinho dos últimos dias, enquanto o Tobias ronca gostoso na caminha dele e os gatos dormem enroscados no sofá. Assistindo "De tanto bater meu coração parou".

Não dá pra querer muito mais que isso pra ser feliz, né?!

Ainda fui à praia, tirei dois sisos, fiz a tatuagem (ainda não foi a pin up), fui pra Campinas com meu pai, visitei minha mãe, comi comida árabe na casa dos BeliscosPais e vi dezenas de filmes - bons e porcarias. Uma belezura-ura-ura!

* * *

E eu que achei que voltaria ao trabalho com toda a disposição do mundo...

Verdade, num guento mais.

Mas não, não tou aqui pra ficar resmungando sentada sobre a minha pobre buzanfa. Tou bolando um plano mirabolante pra sair desse lugar. Rumo a um lugar melhor, é claro.

* * *

De volta às aulas?

Pff, não nesse frio.

* * *

Tou cada vez mais ansiosa com a mudança. Final de semana que vem nós vamos visitar bairros agradáveis à procura de plaquinhas de aluga-se.

Desejem-nos sorte.

* * *

Dia 12 eu volto ao estúdio pra terminar a tatuagem. Pois é, agora vem o mais dolorido - a parte de dentro do braço.
Não sei se vou aguentar mais 3 horas de agulhadas - na última hora liguei até pro Papa pra puxar papo e não me concentrar na dor.
Idéia tosca de ir à praia antes de tatuar. O filtro fator 30 não foi suficiente e a cor custou a pegar.
Enfim, tou feliz feliz com o que tá feito e certa de que vai valer a pena mais sofrimento pra deixar ainda mais choínha.

O barato é louco e o processo é lento. Como diria meu mano, o Brown.

* * *

Agradeceria muito se alguém me ajudasse a encontrar o documentário do Nelson Freire pra alugar ou baixar da internet.

André, você tem, não tem?

* * *