Monday, September 11, 2006

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Ah, eu adoro morar em um bairro de gente chique, cheio de dondocas que levam seus cãezinhos perfumados pra passear no shopping. A-do-ro!

Tobias e eu descobrimos que na Praça Buenos Aires, além de dezenas de bebedouros pra cães espalhados, existe uma espécie de berçário pros cães.
Trata-se de um cercadinho com tudo o que os cães precisam pra ser felizes: espaço e mais cães.
Ou seja, a gente dá aquela andadela, toma uma água, curte a passarinhada e depois eu solto ele no cercadinho. Aí eu abro um livro e fico esperando ele se cansar e vir deitar nos meus pés. É sinal de que já tá na hora de ir embora.
Assim que a gente chega em casa eu dou uma lavadela nas patas imundas do cão e ele dorme até o dia seguinte.
Ele se acaba toda vez, e o melhor de tudo é que ele tá master sociável com outros cães. Além de já ter aprendido a andar feito gente grande na coleira, sem ficar puxando pra todos os lados. (já contei que ele aprendeu a sentar e a deitar, não?)

Verdade, ganhar um cão foi a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo. Além do Belisco, claro.

(mas levar animaizinhos pra passear no shopping ainda me soa mal. imagina o tobias fazendo um cocozão fedido em frente a uma daquelas lojinhas perfumadas de sabonetinhos e afins. a mistura de odores pelo shopping seria destruidora.)

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Sábado nós fomos na Cobasi e foi praticamente uma ida ao shopping. Compramos uma cama maior e mais bonita pro cão, uma caixa de areia maior, mais bonita e com bordas anti-sujeira pros gatos, brinquedinhos mil pra todos, pazinha pra catar sujeira de gato, sacos enormes de comida, anti-pulgas e tudo o que se tem direito. Mesmo gastando os dois olhos da cara, voltamos todos satisfeitos. Êta família bonita!

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E eu sou masterpróultra boa em buraco. Definitivamente.

Não dá mais graça apostar com o Belisco. Começo o jogo já pensando no castigo que vou submete-lo.

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Dois achados num sebo qualquer. Dickens + Dickens em edições caprichadas. Jóia!

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Sílvia, vou colocar um link aqui que talvez possa te ajudar durante os sábados e domingos de tédio:
http://liberallibertariolibertino.blogspot.com/

Gosto do jeito que o cara escreve, mesmo quando sinto o estômago arder com vontade de começar uma discussão. Mas dura tanto quanto na vida real, nada.

Faz tempo que eu cansei de gritar aos quatro cantos o que eu acho ou deixo de achar certo nessa vida.
O que eu acho certo, levo comigo no dia a dia. O que eu acho errado, descarto.
Com as gentes ao meu redor é assim também. Eu observo, avalio, analiso. Nada no mundo passa por mim desapercebido, sempre com o filtro ativado. O que é bom fica, o que é ruim, cai fora.
É aquela velha história de que não adianta a mãe se descabelar dizendo pra filha não dar a periquita pra qualquer um que disser que a ama porque ele só quer isso mesmo - a periquita, gritar com o filho pra ele parar de andar com aqueles moleques terríveis porque eles oferecerão drogas e o levarão a uma vida miserável.... etc, etc, etc.
Tem que deixar se foder, ser fodido, experimentar, tropeçar, cair... e a partir daí fazer suas escolhas.
Bom, pra mim sempre foi assim. Não venha me dizer o que é certo, o que é errado, o que é bom ou ruim. Eu escolho o que é ou não é. ponto.

Enfim, mas esse cara aí em questão é interessante. Porque ele dá uma certa segurança, quer dizer, não é aquele tipo de gente de quinta que lê na Veja uma notícia a respeito de qualquer coisa e sai por aí gritando aos quatro cantos palavras de ordem, com peito de pombo e jeito de quem sabe de tudo. Além disso não me parece o tipo de pessoa que quer que as demais pessoas concordem com ele. Ou seja, um ser humano de bom senso.

Lê lá.

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Vou comprar roupinhas de ginástica.

(gente, é incrível como eu me surpreendo comigo.)

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Toca Raul.

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E eu fui a nenhum dos shows que planejei. ingressos esgotados ou preços abusivos. esse mundo tá perdido mesmo.

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Vou explicar um tantinho o layout da sala do meu trampo.

Tem o Marcelo, que é gerente da área (um bunda mole que só me dá desgosto).
Eu, que sou coordenadora da área (não me perguntem como).
A Mara, que é a criatura mais engraçada que eu já conheci, naturalmente bizarra, e nossa secretária (a mesma da história do velho babão e tarado. e que me deu o Tobias.)

Dia desses estávamos os três conversando quando o Marcelo se levanta e vai até a porta. Faz que vai, faz que não vai e acaba ficando parado na porta aberta, que fica a 1 centímetro da mesa da Mara. De repente, não sei por que cargas d´água, a Mara que continua conversando com ele, pára de olhar para o seu rosto. Do nada, ela fixa o olhar no bimbo do homem e fica lá, hipnotizada. Sim, do pinto, do pau, do pacote de trakinas. Enfim, ficou lá conversando e olhando, fixamente.

Eu tava meio distraída, mas percebi que tinha alguma coisa errada. Fiquei olhando pra ela, pro bimbo, pro Marcelo que falava e olhava pra mim e olhava pra ela e olhava pro bimbo e ficava vermelho. E a gente ainda continuou assim alguns minutos. Ela olhando, eu olhando, ele parado com medo de se mexer, e eu tentando desviar o olho e ele desesperado e a Mara lá, encarando o bimbo. Quando a situação começou a ficar desesperadora e eu quase gritei: "MEU DEUS MULHER, QUE VOCÊ TÁ OLHANDO???", o Marcelo - tonto que só ele coitado - dá um pulinho bizonho pra trás, coloca a mão na frente do perseguido e sai correndo em direção à sua mesa. Senta como se estivesse com a maior pressa do mundo, fecha a cara e começa a digitar compulsivamente. Digitar nada no nada, aposto.

Gente, eu sinceramente não sei quem é mais bizarro nessa história toda.

Enfim, só sei que foi uma das situações mais engraçadas e inexplicáveis que eu já vivi. A Mara ainda jura de pé junto que nem percebeu, de repente fixou o olhar e ficou, ali, meio que conversando com o bimbo alheio.

Tá, foi engraçado na hora.

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5 comments:

Anonymous said...

tô meio sem paciência pra aguentar o andré famoso...
(inveja)

May said...

Pois é, ele tá com a corda toda mesmo.
Meu único desgosto foi não ter tentado agencia-lo antes da fama. Perdemos tempo meu querido Carvalho, perdemos tempo.

Falando em tempo, sexta-feira não tem contabilidade, matemática atuarial ou qualquer baboseira dessa. Saio do trampo e vou pra casa.

Sinuca, saca? Topas?

May said...

E outra, Karenzita tá em São Paulo e não vai muito bem das pernas. Precisa de gentes toscas como nós para faze-la sorrir.

Ou seja, sexta-feira. ponto.

Anonymous said...

sexta-feira é um daqueles dias infaltáveis, e sábado tem motomix...

May said...

Infaltáveis na sinuca, bem entendido.

Motomix? Mas que diabos...?