Tuesday, December 26, 2006

enfim, lá se vai mais um natal.

alguém, por favor, recolha a decoração.

espíritos natalinos devem ser depositados no lixo não reciclável.

agradecida.

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ok, admito, foi um final de semana perfeito.

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e em cima do armário tem uma mala imensa cheinha de presentes ainda empacotados (espiados, mas empacotados) que serão devidamente abertos quando nos mudarmos.

tipo enxoval, saca? maiooooor legal.

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Thursday, December 21, 2006

(comentários não relacionados entre si. explicado.)

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1º grande plano para 2007:

compras, só à vista.

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aí o peito aperta e eu tenho vontade de morar na espanha.

porque às vezes não dá pra saber se o aperto é bom ou ruim.

e fugir é sempre mais fácil (principalmente pra espanha, claro).

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só pra constar: espírito natalino de cú é rola.

ponto.

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e o cidadão é contratado: dezoito anos, primeiro emprego, uma promessa!

depois de um mês acontece o primeiro ataque de stress. veja bem, STRESS. veja bem, UM MÊS.
ataque de pânico, leva pro ambulatório, não dá pra tratar aqui, chama táxi, leva pro hospital, chama o psiquiatra e ele foge. exatamente. FOGE.

aí eu me lasco, porque a única palavra de apoio que eu consigo ouvir é:
- AH NÃO, NÃO DÁ MAIS PRA PAGAR HORA EXTRA PRA ESSE POVO!

pois é, o ser humano foge, surta, volta e eu ouço que não dá pra pagar hora extra pra esse povo.

que povo? que hora extra? e o fugitivo? aaaaaaaaaaaaah!

e ainda tem gente que gosta.

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eu queria muito encontrar o Donald Trump pra fazer brrlrbrrlrb* naquela beiçola.

*(deu pra sacar, não deu?)

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meu chefe vai tirar férias semana que vem.

e se eu não estivesse escrevendo do computador da empresa, através de uma conexão MONITORADA, diria que me sinto extremamente feliz e confortável com essa situação.

deixar de ver a personificação do bunda-molismo durante alguns dias vai ser algo EXTREMAMENTE prazeroso.

mas vou dizer nada disso não.

porque afinal de contas, ele é meu chefe. e foi ele quem tem me ensinado que chefes devem ser, acima de tudo, temidos. há!

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estamos há uma hora do masterhipermega aguardado amigo-secreto.

releve o fato de não existir amizade entre nós.
releve o fato de haver uma grande aura de ódio, nojo, inveja e indiferença sobre o grupo.
releve o fato do grande evento ser realizado contra a vontade de todos.

releve, releve, releve, afinal de contas, quem tem vontade de ir pra casa depois de 9h de trabalho árduo?

eu? nããão! eu quero é ir ao ESPAÇO CUCCINARE, ver decorações de cilindros de vidro sobre a mesa e pirofagia. be-le-za.

e na MELHOR das hipóteses eu ganho um vale-presente das Americanas. oremos.

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tou azeda. me deixa.

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Thursday, December 14, 2006

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confissão:

detesto que me cantem parabéns.

puta momento desgraçado. fica todo mundo cantando uma música idiota, batendo palmas, SORRINDO e olhando pra sua cara.

e aí? que eu faço? sorrio? bato palma? encosto na mesa pra não cansar enquanto o povo desenvolve versões engraçadinhas do tal do "é pique, é pique..."? posso ir comendo os docinhos? finjo que não é comigo?

é, nunca sei bem o que fazer, onde colocar as mãos, essas coisas (e convenhamos, nunca vi alguém se sair muito bem nessa situação. eu sempre penso: credo, quando chegar a minha vez eu não quero ficar assim não). é um constrangimento que parece durar horas.

ainda bem que é só uma vez por ano.

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e nada como o orkut como agenda de aniversários, não?

umas gentes que eu não falo, não vejo, não sei da vida há anos, me desejando felicidades e blablabla.

pra que isso, deusdocéu? alguém deve ter dito que eu fiquei rica.

aviso: amigos de fé e irmãos camarada, quando eu começar a cagar verdinhas ninguém mais me encontra. no orkut e em canto algum.

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Wednesday, December 13, 2006

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o dia de hoje acaba de ser definido (por mim) como feriado.
como essa definição foi dada após a minha chegada a alphaville, declaro que estou oficialmente alheia a qualquer assunto profissional, até as 09h de amanhã.

é claro que pra não gerar conflito com os conservadores colegas de trabalho, continuo com a minha cara de ocupada, a postura ereta em frente à máquina e o mau humor ao ser cobrada de algum prazo.

pra manter a pose mesmo.

mas hoje, eu vou só bundar. ponto.

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já está anotado na agenda de 2007, afinal de contas ano que vem, nessa data, eu tenho que me lembrar de ficar em casa.

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meu aniversário é amanhã, mas eu já ganhei presente do belisco.

putaqueopariu, fiquei master feliz, vocês nem imaginam.

(cá está uma forma amigável de lembra-los de ligarem pra mim amanhã. putos.)

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minha irmã fez escova definitiva, e a bagaça ficou boa pra cacete.

tudo bem que a escova foi feita há poucos dias, o que quer dizer que ainda não deu pra ver o resultado final (nenhuma conclusão pode ser tirada antes da 10ª lavada, creia em mim), mas eu fiquei com uma inveja lascada do cabelo dela.

como inveja é coisa feia, principalmente se tratando de família, tratei de ligar pro Alê - O Tanski (que inclusive aniversariou no início da semana) pra pedir pra ele dar uma levantada na minha auto estima. cansei de cabelo comprido cara-de-maria-mijona.
Alezito, que é mestre das cabeleiras, quer que eu faça a tal da escova definitiva, corte pinte e pule. mas eu não sei não, quando ele chegar com os apetrechos lá em casa eu decido.

enfim, eu realmente gostaria que a minha vida se resumisse a esse tipo de problema.

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o contrato do apartamento ficou pronto.

quer dizer, a porcaria da imobiliária fez os ajustes necessários e agora eu tenho que reconhecer firma, tirar segunda via da carteira de trabalho que eu perdi, devolver o contrato à imobiliária, recolher os documentos e leva-los à Caixa.

alguém me diz o nome do filhodaputa que inventou que bancos e cartórios só funcionam das 10h as 16h.

sexta-feira eu não venho trabalhar. e ao invés de aproveitar um santo dia de folga, vou correr de um lado pra outro pra tentar ajeitar tudo direitim.

desejem-me sorte.

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a dona do apartamento que estamos comprando é meio gótica, tem uma filha que parece um filho (tipo eu quando era criança) e um gato chamado fofucho que consegue ser mais manhoso que a Dona Clara.

que coisa, não?

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Monday, December 11, 2006

o maior torcicolo e o maior mal humor.

reunidos nessa que vos fala.

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mas no final de semana tem silviuschka e karenuschka em são paulo pra alegrar os meus dias.

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e se eu estivesse solteira teria problema nenhum em arranjar um moço rico pra casar. (nada como ir ao lugar certo, na hora certa, com o cachorro certo).

mas a gente é besta e se apaixona.

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sou mais feliz no domingo com roupas de ginástica.

passei da caminhada à corrida. de leve.

(sílvia, traga seus apetrechos, vamos correr no final de semana)

(e vai ter formatura da minha irmã. traga um pretinho básico (vou de jeans))

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pode parecer besteira, mas (às vésperas do meu 24º aniversário) comecei a pensar no futuro. tipo trinta anos ;)

sim, comecei a controlar a alimentação.

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tou de férias, sem exame e sem dp. pois é, sou o máximo.

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e descobri que a vistoria no apartamento que estamos comprando vai custar nada mais nada menos que trezentos reais.

a vistoria. pro safado ir até lá e apontar: lá tem que trocar, ali tem que mexer, aqui tem que girar.

quer dizer, eu tou levando o vistoriador até lá pra não ser passada pra trás pelo vendedor/imobiliária (que pode tá me vendendo um imóveil lindo por dentro e podre por fora). só que eu acabo sendo feita de otária pelo vistoriador, que me cobra trezentas pilas pra gastar meia hora do seu tempo.

céus.

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passei salompas (roll-on porque eu sou chique, bem) no pescoço pra ver se passava. não passou.

aí eu cocei o olho e fiquei cega durante meia hora.

cega com torcicolo. mereço um extreme make over - home edition - agora, não?

the swan também tá valendo.

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Friday, December 01, 2006

2º obstáculo ultrapassado.

Com um cheque de 6 paus. medo!

Wednesday, November 29, 2006

A 1ª etapa foi ultrapassada.

Falta pouco! Falta pouco!

(e eu não me güento de emoção)

Tuesday, November 28, 2006

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montes de emoções.

como eu tou até o tufo de olho gordo, fico por aqui me segurando pra guardar segredo.

ssh ssh.

aguardem boas novas.

(não, eu não tou grávida)


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Thursday, November 23, 2006

sem tempo. sem tempo. sem tempo.

pausa para amenidades:

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a gente percebe que tá na tpm quando chora durante o comercial de OB e um episódio repetido e chumbrega de grey´s anatomy.

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(finge que hoje é ontem)

alguém viu ER ontem?

alguém explica aquele helicóptero?

perdi o fôlego minha gentem, perdi o fôlego.

apesar de ter adorado a coisa toda, fiquei chateada com a morte do dr. romano, meu preferido depois da morte do dr. greene.

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estou viciadíssima em blogs e programas culinários.

nananina, nada de a casa é sua, mais você ou palmirinha onofre, tou falando do top chef e hell´s kitchen.

produções parecidíssimas com os meus queridos america´s next top model e project runway, pegam pesadíssimo pra escolher os novos grandes chefs.

agora eu quero comprar utensílios de cozinha!

além desses dois programas eu a-do-ro assistir os truques de oliver.
que tem a língua presa, mas deusdocéu, é uma graça de homem. todo docinho e rechochudinho.
dá vontade de levar pra casa pra cuidar, e claro, usufruir dos seus dotes culinários.

o blog culinário e mulherzinha mais legal do mundo:

http://www.rainhasdolar.com/

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sábado tem show do instituto no studio sp, mas nesse eu sei que ninguém vai querer ir.

masssss, semana que vem tem isso aqui. e sim, será imperdível.

http://www.cityjamfestival.com/portugues/index.htm

LOS HERMANOS NO CIRCO!CLUBE DO BALANÇO + HURTMOLDDJ LUCIO RIBEIRO


1º Dezembro (Sexta)

O Los Hermanos comanda uma noite que contará ainda com uma espécie de times dos sonhos das artes gráficas verde-amarelas, dos grafites de Stephan e Speto aos geniais cartuns de Fernando Gonsales, passando ainda por uma exposição de trabalhos de Arnaldo Antunes.

Grafite ao vivo por Speto, pintura performática acompanhando o som das bandas + Exposição de cartoons de Fernando Gonsales + Exposição de poemas do Arnaldo Antunes + Vídeos da Academia Internacional de Cinema e ‘film makers’ de NY e Londres + Mostra de painéis produzidos pelo público em Londres + Tenda Chill Out + Bares alucinantes + Performances Circenses + arte mult. por maxx figueiredo.

ACADEMIA BRASILEIRA DE CIRCOAV.FRANCISCO MATARAZZO, 2030
AGUA BRANCA 05100-200DAS
10PM AS 4AM
INGRESSO R$50,00 - ANTECIPADO R$40,00ESTUDANTE R$25,00
Venda nas lojas FNAC e Chilli Beans
Estacionamento no local 10,00Idade mínima: 18 anos info: +55 11 3120-6447

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Monday, November 20, 2006

a pergunta que não quer calar. por onde anda silviuschka?

Thursday, November 16, 2006

resumindo, ando meio confusa.

tem tanta coisa acontecendo que eu começo a achar que não dou conta sem cometer um homicídio.

e o engraçado é que eu sempre tenho A GRANDE E INSUPERÁVEL preocupação do momento. ela vem rodeada de montes de outras preocupaçõezinhas, que acabam sendo superadas ou esquecidas em função da GRANDE E INSUPERÁVEL preocupação do momento. uma loucura.

mas agora não, e isso tá me deixando doida. são dezenas delas, centenas. e eu poderia até classifica-las em: preocupações em pequeno, médio, longo prazo, do trabalho, da família, da casa, existenciais, materiais, fúteis, úteis, etc, etc, etc... muitas delas. todas elas. e são todas urgentes. e a grande merda é que eu não consigo eleger A GRANDE E INSUPERÁVEL preocupação do momento, fico encucando o dia inteiro com tudo, sem conseguir dar um foco à minha dor de estômago. chato, não? difícil sentir alívio nenhum quando consigo superar uma dessas zinhas. porque as outras estão lá, me encarando, me massacrando.

enfim, nenhum corpo estendido no chão por enquanto.

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nem sinal do inferno astral.

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sobre a bicharada.

comprei um cortador de unhas para os gatos (faz tempo, mas esqueci de usar) e isso tem sido a salvação para os meus livros e discos.

já contei sobre a nova ração (de cães) para ambientes internos? pois éééé, a melhor novidade dos últimos tempos (melhor até que o spray anti-cães que tem um cheiro ruim que dói)! a tal da ração é feita pra cães de apartamento e tem a função de reduzir a quantidade de fezes e urina, bem como o cheiro do que não der pra segurar.
eu espero sinceramente não tá causando uma grande prisão de ventre no Tobias, mas gentem o negócio é mágico. aqueles cocozões enormes viram cocozinhos de cabrito, uma belezura. é da marca Premier, que é mais cara, mas eu sinceramente tou adorando. a varanda também.

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provas semestrais à vista.

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carvalho, tou te querendo. vem ni mim.

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Monday, November 13, 2006

correndo. feito a lebre da alice. sem os ácidos, obviamente.

às voltas com as provas, com o suposto novo apartamente, as famílias, os gatos, um cachorro que engole pilhas alcalinas e pacotes de camisinha e trabalho, muito trabalho.

e em algumas horas eu entro no inferno astral. bleh.

Wednesday, November 08, 2006

um fato que merece o registro.

ontem eu fiquei cara a cara com Joe Lally.

eu e ele, ele e eu, cara a cara.

quem? Joe Lally?

oh yeah móderfóquer, Joe Lally.

Joe Lally de onde, bem?

de onde? como assim, de onde?

fugazi.

ahn?

FUGAZI.

hein?

FU-GA-ZI.

*

tá, não foi o encontro mais íntimo do mundo, pois o cara a cara rolou com ele no palco e eu me espremendo entre gentes barulhentas no público. mas lá eu só pensava: agora eu posso dizer que já fui num show desse cara. massa.

e o show? bom, o show foi assim, ótemoporqueeraojoelally, ora essa. mas admito que fosse um qualquer eu teria desprezado aquilo tudo, não desgostado, desprezado apenas. mas era o cara, então ponto.

*

Friday, November 03, 2006

até um tempo atrás eu encontrava as pessoas que não via há tempos e falava das bandas que fulano montou, do estágio novo do ciclano, de quem tinha saído da casa dos pais e dos últimos shows que tinham ido. amenidades.

e de repente a gente percebe que as coisas não são mais as mesmas quando encontra gentes com quem trabalhou há tempos e tudo o que se fala é do fulano que casou, do ciclano que descasou, da beltrana que engravidou e das peripécias dos filhos alheios (no meu caso, o cão).

é, o tempo não perdoa.

* * *

um sol lascado e eu ficando gripada-íssima.

* * *


não tenho superpoderes com relação a esse blog. o que eu sei andré me contou, e olhe lá.

portanto recados deixados em posts antigos dificilmente serão lidos.

hoje eu li, mas foi pura questão de sorte. ou azar, já que fiz questão de ignorar.

a quem interessar possa.

* * *

se aqui no trampo tivesse um banheiro beeem limpinho e cheirosinho e escondidinho, eu iria pra lá agora mesmo, sentaria confortavelmente sobre a tampa da privada, encostaria na parede e tiraria um belo ronco.

eu queria trabalhar perto de casa (ou pelo menos na MESMA cidade) pra poder ir embora quando desse na telha.

* * *

Monday, October 30, 2006


e eu posso dizer que vi um filme da mostra desse ano.

só um, e não pelo filme, mas pelas gentes. feinando weno (com i mesmo) que é marido da tati fez ilustrações batutíssimas pro filme. um luxo que eu não podia perder.

o filme é a respeito do karnak. a banda. que eu não gosto, mas antes dizia que não gostava com um pouco de incerteza já que não conhecia tão bem assim.
hoje eu digo com certeza: não gosto. mas gostei da sessão de cinema e tudo mais. e o cartaz do filme, feito pelo feinando, é bonito bonito.

e depois do filme, que foi no gay caneca, rolou um super cocktail boca livre com direito a cervejas, caipirinhas de todos os tipos e canapés variados. teve um pocket show do karnak também. mas eu só me atentei aos comes e bebes.
pois é, o ingresso de cinema mais bem pago da paróquia.
ah, e teve performance também. das gentes bêbadas, dançando jazz e dança contemporânea quando o ar condicionado já tinha sido desligado, as bebidas e comidas já tinham sido recolhidas e a música já não existia. é, performance de jazz e dança contemporânea sem música. foi lindo de se ver.

e isso foi na quinta-feira de uma semana que até então gostaria de nunca ter vivido. coisa boa.

e sábado até tentamos assistir um outro filme da mostra. produzido por um amigo, colega, sei lá. a gente ia pra prestigiar também.
só que era no memorial da américa latina e, atrasados, desistimos de adentrar os 48 portões de acesso pra encontrar a bendita sala de cinema.
fomos bebericar na casa da tati e do feinando.

essa última parte eu só contei porque decidimos dar andamento a alguns planos que começaram a ser elaborados há UM ANO, vide 1º post (ou segundo, whatever). absurdo. portanto registro-os aqui, pra breve definição de cronograma:

1 (unissex) - a bendita sessão de filmes de guerra está para acontecer.

apresentando:
Johnny vai à Guerra.
Nascido para Matar.
Apocalipse Now.
Além da Linha Vermelha.

pro pancêps: cerveja, muita cerveja. salgadinhos de 80 centavos.

2 (unissex) - a sessão seguinte será dedicada ao Poderoso chefão. todos eles.

apresentando:
charutos
whisky
algodão nas bochechas
e quem dormir durante o filme é bixa. ou hétero. dependendo de quem comparecer.

pras banhas: whisky, obviamente. e salgadinhos finos.

3 (unissex, mas sabemos que apenas a ala feminina participará. azar.) - encontro das fotos vergoinhas.
quem participar deverá levar algumas fotos vergoinhas da infância, além de boas histórias pra contar.

apresentando:
mullets
calças fusô
bamba
disco do guilherme arantes

pros culotes: doces, muitos doces. com gelatina de pinga do feinando.

4 (só mulherada) - sessão mulherzinha. pintaremos os cabelos, faremos hidratação, as unhas e usaremos todas as máscaras faciais com receitas caseiras possíveis.

apresentando:
frutas mil
cremes
bacias
toalhinhas
(e se alguém conhecer um massagista a nossa altura, favor providenciar ;)

pra saúde: muito suco, saladinha e doces light.

5 (unissex, porque eu sei que os namoridos adoram uma arte) - dia do papel maché.

tintas
pincéis
potinhos de yakult
e danone
e latas de nescau
e bexigas

pras cabeça: ervas naturais devidamente descongeladas.

gentem, é ou não é uma programação de respeito?

silviuschka, adoraria que você participasse conosco (porque o andré é chato e vai a lugar nenhum quando eu convido), vou colocar as datas aqui (sábados my dear, sábados) pra você programar suas vidas à sampa, ok?

Wednesday, October 25, 2006

ctrl + alt + del

vontade nenhuma.

porque eu só desejo que a semana acabe e eu possa dormir sem gastrite de novo.

Monday, October 23, 2006

amanhã vou a um jantar no fasano. pega mal ir de all star?

(prevendo a noite mais entediante de toda a minha vida. com bons vinhos e petiscos pra compensar.)

Friday, October 20, 2006

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porque quando a pessoa nasce cagada, o melhor mesmo é morrer de aborto.

confuso isso.

a fulana vendeu as calças pra pagar uma lipoaspiração. passou a maior dureza economizando grana e convencendo a família de que valia a pena se endividar, mas no final valeu a pena. acompanhar a banha sendo aspirado pelo cano fez com que o cheque especial estourado perdesse importância. voltou pra casa com a recomendação de que tomasse isso e aquilo pra evitar infecções, dores e desconjuções pançais. não lembrou do anticoncepcional.
durante dois meses não trepou, não saiu, não bebeu. ficou lá curtindo a dor dos pontos e a cinta elástica, esperando pra ver o resultado final.
hoje, há dois meses e duas semanas da cirurgia descobriu que está grávida. de duas semanas. tem 4 cheques a serem descontados.

pelo menos ela já comprou a cinta.

idiota.

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por isso eu digo que não dá pra ter amigos na faculdade. não dá gente, não dá.

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Wednesday, October 18, 2006

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meu grande plano a médio/ longo prazo é montar uma pousada na praia.

gentem, isso sim é vida.

(e eu voltei com cara de quem realmente foi. mo-re-na.)

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uhú, comprei um abdominator!

é, eu não sei o nome da joça, o importante é que comprei por míseros 10 mangos um aparelho pra fazer abdominais.
eu até tentei começar sem ele, mas em dois dias eu tava com as costas master doloridas. deu não.

enfim, aguardem minha pança tanque.

(pra não dizer que eu não expliquei, é aquele aparelho de fazer abdominais. deitada, com a cabeça apoiada. aquele aparelhinho de choque da feiticeira - não é feitiçaria, é tecnologia! - eu já tentei mas não me parece muito saudável.)

***

eu não consigo me programar pra Mostra.

os filmes que eu não quero ver estão nos melhores horários e os que eu quero ver estão nos piores horários.
fora que os meus finais de semana deveriam ser reservados pra procura do apartamento pra comprar.

querovercuméquevaiser.

os documentos exigidos pela caixa estão (quase) todos reunidos. depois da aprovação e liberação a carta de crédito tem validade de 30 dias.
e aí não tem choro nem vela, vou ter que correr e correr e correr e correr. afe, parece que eu nunca vou conseguir me mudar antes dos 46 do segundo tempo.

***

coluna social:

o emergente andré said carvalho acaba de reformular sua revista
www.traducaoexpontanea.blogspot.com
com um formato mais jovem, atualizações mais frequentes, a revista tem surpreendido aqueles leitores (eu) que costumavam passar por lá bimestralmente com a certeza de que nada teria mudado. a atração agora fica por conta do dedo no olho do nosso querido carvalho que relata sua extraordinária passagem da pós-adolescência à vida real.

Simplesmente um Luxo!

(e não se preocupe se você começar a rir e a gritar: HORRÍVEL! em voz alta enquanto lê os novos posts no computador do trabalho, leitora amiga. você não está sozinha.)

***

o que leva o ser humano a digitar meu nome COMPLETO no google e encontrar isso aqui?
(e se eu me chamasse maria rita, regina duarte, pamela anderson, até entenderia. mas mayumi de andrade e silva sato não é lá um nome muito popular. reparem no negrito. não, não é pra qualquer um.)

tá claro que me conhece, né não? tá claro que sente minha falta, hein? hein? tá claro que não vive longe de mim, haaam?

hehehe

xô! xô!

(afe, hoje eu tou atacada)

***

é incrível a quantidade de vezes que aparece a propaganda da super table mate na tv.

vem cá, por acaso alguém conhece alguém que já tenha comprado essa joça?

sinceramente, acho que se alguém compra esse tipo de coisa deve ter vergonha de contar.
mas se a propaganda rola de 5 em 5 minutos é porque vale a pena pagar por ela e se vale a pena pagar por ela significa que ela vende, né não?

acho que o pior, o pior mesmo, não é a tal da mesa não. que apesar de inútil, sei lá, continua sendo uma mesa e pode servir pra alguma coisa (será?). o pior é quando o maldito locutor fala: e não é só isso! na compra da sua super table mate - portátil, com 536 posições e fácil de guardar - você ainda ganha um super organizador de controles e revistas!.
pois então, esse tal super organizador de controles e revistas é, definitivamente, o lance mais horrendo que eu já vi na vida.

vocês já devem ter visto, mas se não lembram eu ajudo: trata-se de um saco cor de caixa, com divisórias (para os controles remotos e revistas), que você acomoda no braço do sofá. sabe aqueles negócios de guardar sapato que vende na feira (que normalmente você coloca atrás da porta)? então, um daqueles. em miniatura. cor de caixa. pra colocar no braço do sofá.

apenas uma palavra: horrendo.

***

Wednesday, October 11, 2006

***

eu casaria com a scarlet johansson.
andaria de mãos dadas, apresentaria aos meus pais, seria uma pessoa orgulhosa, sabe?
mas depois que a gente casasse eu seria muito sincera com ela: minha filha, você não nasceu pra atuar.

porque pelamordequalquercoisa. a mulher é bonita, mas vai ser cafa assim na novela das oito.

***

toda vez que eu ouço alguma coisa a respeito dos candidatos a deputados estaduais e federais eleitos, fico esperando encontrar o Sergio Mallandro histérico:

Há! Pegadinha! Glu-glu-glu-glu!

Car System Rapá!

mas não.

***

ontem o cão foi pra casa dos BeliscosPais. vai se divertir por lá, enchendo o saco do Zero e da Kelly (pastores alemães).

me arrumar de manhã sem o monstro me seguindo foi bem chato. como eu gosto daquele cão.

***

dia da faxineira na minha casa é um lance que me deixa feliz. ela vai de vez em nunca porque das limpezas diárias o belisco e eu damos conta. mas aí vai acumulando pó atrás das coisas pesadas, criaturas estranhas no fogão, manchas que tendem a crescer no chão... vai me dando um nervoso.

mas aí aparece a nalva e eu ganho não só o dia, mas os próximos 20 dias.

não vejo a hora de chegar em casa.

***

e eu viajo hoje.

viajo de madrugada porque acordar sentindo cheiro de mar é uma das melhores coisas da vida.
café da manhã com jeito de preguiça.

é bom sair daqui de vez em sempre (e voltar sabendo que a casa vai estar faxinadinha e cheirosinha, aiai).

***

ps: sílvia, ouvi o seu recado na caixa postal, mas eu posso jurar que não ouvi o telefone tocar aquela noite. o fio, aquele de sempre, continua dando pau, então provavelmente tenha sido ele mesmo. enfim, se quiser dar uma ligadinha hoje, vou achar uma belezura, aconselho só dar um toque antes no celular, aí eu me certifico de que está tudo funcionando.

Tuesday, October 10, 2006

da série: eu sou um poço de sensibilidade.

porque ontem eu chorei e chorei e chorei antes de dormir.

tinha nada errado comigo. a casa estava limpa (a casa suja me dá vontade de chorar), tinha passeado com o cachorro e por isso ele dormia tranquilamente na varanda sem importunar pra entrar em casa e os gatos dormiam enroscados no sofá ao meu lado. eu tinha suco de laranja, salgadinhos sem gordura trans e chocolate. não tinha belisco, mas também não tinha tpm. tinha nada errado comigo.
mas aí começou o ER e eu pensei que seria um daqueles episódios não tão legais que são longe do hospital, do sangue, das emergências. dr. greene estava morrendo e isso eu sabia desde o episódio passado. ele morreu, foi o que disseram assim que o episódio começou. pensei que fosse isso e ponto final.
aí rolou uma retrospectiva dos últimos dias dele em vida, com a filha, no havaí (um bom lugar pra se bater as botas).
a filha dele é chata demais, coitado. parece a minha irmã, emburrada, que não dá o braço a torcer. parece um pouco comigo também, mas eu acho ela chata, então não acho que parece tanto assim.
o dr. greene, acreditem, parece meu pai. quer agradar e ver a gente feliz. se esfola se esfola se esfola. e é forte o bicho, tenho pena. porque ele é forte, e se esfola e é japonês. não divide, saca? e continua sendo forte, se esfolando e sendo japonês. aí eu tenho pena, e tenho vontade de estar perto.
mas a gente já não serve pra ficar perto. ele tem a vida corrida dele e eu tenho a minha vida corrida. eu mal dou conta de me dar atenção e ele mal dá conta de se dar atenção. aí fico eu daqui querendo saber se ele tá bem, e se ele diz que tá eu digo tudo bem e tchau. ele fica de lá querendo saber se eu tou bem, e se eu digo que tou ele diz tudo bem e tchau. a gente não gasta muito telefone. só que às vezes ele não tá bem, acho, porque às vezes eu também não tou bem. mas ele tá lá e eu tou cá, quer dizer, normalmente é melhor dizer que tá tudo bem e tchau mesmo. e eu tenho pena. porque eu tenho o belisco, e o tobias, o bud e a clara. um de cada modelo em casa. e ele tem ninguém em casa. tem ele e o dvd do 24 horas que ele adora. e tem trabalho também. não tem um de cada modelo.
queria que meu pai tivesse uma família. não feito a nossa, que é toda toda errada. queria que ele tivesse filhos que morassem com ele, tirassem as melhores notas no colégio e fossem pescar com ele no final de semana. queria que ele tivesse uma casa e um labrador e uma esposa que conversasse sem gritar.
e o dr. greene foi morrer no havaí. e fez uma lista de coisas que gostaria de ter feito. ele disse que estava sentindo pena dele mesmo. eu também senti. e lembrei do meu pai.

é, chorei demais ontem à noite.

Thursday, October 05, 2006

***

O estribuchado comunicou-se conosco, reles mortais.

Merece um post resposta, afinal.

Segue:

Nessa vida, Mr. Carvalho, só temos certeza de 5 fucking coisas:

1ª - apanharás.
seu parto foi realizado numa tribo indígena onde não há o tradicional tapa na bundinha pra ver o berreiro abrir?
sua mãe era hippie e seu pai ausente/cagão e as palmadas não faziam parte da sua rotina educacional?
você estudou num colégio em marte onde as crianças não se socavam? você é filho único?
Aguarde e confie, mais cedo ou mais tarde, você vai levar uns sopapos.

2ª - serás traído.
a menos que você viva numa bolha, plantando para seu próprio consumo, sem necessidade de ir sequer ao mercado pra comprar papel higiênico ou à rua coletar água da chuva, acredite, a traição espera por você.
claro que existem graus de traição, e aí eu considero desde o porteiro que se fazia de seu amigo pra foder a sua vida dando uma cópia da chave pros assaltantes do bairro, o seu colega de trabalho que disse que você disse quando você tinha dito nada, até traição de esposa, marido, whatever.

3ª - se apaixonarás.
cão, gato, ser humano, móvel, espelho. um dia você encotrará uma criatura que deixará o seu mundo mais colorido. o tempo que essa sensação durará não vem ao caso.

4ª - perderás o emprego.
claro que o fato de você ter uma bela duma buzanfa faz com que a sua vida (in)útil no trabalho seja prolongada. maaas, como nós conhecemos os efeitos de umidade (muito avançada) e sabemos que a flacidez sempre chega antes da aposentadoria, acredite, você será demitido.
autônomos não estão livres dessa, bem entendido.

5ª - a merda da morte.
aquele momento em que você começa a ser esquecido.

Poooooooortanto, chegamos à seguinte conclusão.

Não sei se vai rolar o tal hotel fantasma.
Não sei se vai rolar qualquer outro hotel
Porque eu não sei se eu vou ter folga.

E o que explica essa minha falta de certeza com relação ao feriado?

A merda da falta de bom senso das pessoas que acham que eu tenho que me foder de trabalhar porque elas não são capazes de se organizar ou executar suas obrigações de forma satisfatória. veja bem, satisfatório. não estou exigindo que as pessoas sejam brilhantes, nada disso. Eu só quero que elas parem de FODER A MINHA VIDA!

ai, desabafei.

***

Mas ainda existe uma possibilidade de salvação. afinal de contas, a porcaria da esperança é a última a bater as botas.

E prevenida que sou, já estou mexendo os meus pauzinhos. o plano continua o mesmo, farofada na praia com direito à marquinha de biquini, óculos escuros e micose.

Aguarde meu chamado e não ouse programar-se para uma viagem que não a nossa.

***

(recebi uma pré-confirmação de presença da nossa amada, idolatrada, salve salve curitibana. Silviuschka dará o ar maroto da sua graça, acho).

***

Atualizando a Ti-ti-ti:

Continuo procurando um imóvel pra comprar.
Aquele, aquele lá, miou.

Depois eu conto com detalhes. pra não corroer o coraçãozinho de vocês. não há crise, mas a gente tem que colocar o pé no freio de vez em quando (e ultimamente eu só tenho enfiado o pé na jaca).

Então se virem uma suculenta plaquinha de vende-se num imóvel com a cara da família Sato Moreno, por favor me avisem.

***

Monday, October 02, 2006

não anulei.

mas alguém, por favor, me explica isso:

(os 4 primeiros colocados, até agora, na contagem de votos pra deputados federais de São Paulo)


Paulo Maluf - PP
Celso Russomano - PP
Clodovil - PTC
Enéas - PRONA

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sem palavras. desgosto de viver aqui.

**

Tuesday, September 26, 2006

***

É, não vai rolar de ir no Dj Shadow/ Beastie Boys em Curitiba. No Rio menos ainda.

Belisco não conseguiu folga e eu não tou podendo gastar os dois olhos da cara pra ir num pé, voltar no outro, perder dois dias de trabalho/aula (tá, grande coisa essa parte) e dormir nada. Nem pelos garotos bestas.

Em paralelo à decepção estamos nos programando pra dar um pulinho em Camburiú no próximo feriado.

E porque eu tou falando disso aqui?

Porque trata-se de um convite, ora essa.

Mais detalhes?

Seguinte:

O amigo do Bicudo (lembra dele, né Sílvia ;)) tem um hotel, ou um ex-hotel, que não deu certo.
Aí a coisa toda ficou lá, imensa e abandonada. Os caras têm grana e pouca paciência, o que significa que não há o menor problema em continuarem com um imóvel daquele às moscas.
Mas esse amigo do Bicudo, que apesar de (filho) rico é um cara esperto e sensato, está convidando as gentes que conhece pra ocupar o tal do hotel do pai, por míseros 5 mangos por dia. Que vai pagar provavelmente a eletricidade e o tiozinho pra limpar a caixa d´água.
Jóia, não?

Pois bem queridos assinantes da Revista Magnolia. Esse mês, além das matérias incríveis e do conteúde exclusivo, você ainda ganha um convite pra passar um maravilhoso feriado na presença de ninguém menos que euzinha que vos fala.

André e Sílvia, programem-se. Quando estiver tudo certo eu mando um pombo-correio.

(Gente, isso não tá parecendo enredo chinfrim de filme de terror? hotel abandonado, mulheres peitudas (não eu, claro), homens bombados (não o belisco, claro), pouca roupa, muita azaração (agora virou malhação) e um tiozinho zelador que na verdade é um maluco que se alimenta de pele humana? eu não perderia.)

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Monday, September 25, 2006

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lembrei de outra (porque de sentir desgosto por estar lado a lado com gente de quinta categoria eu entendo).

incrível a minha capacidade (necessidade?) de prestar atenção na conversa alheia.
ouço tudo, entendo tudo. andando sozinha é melhor, mas mesmo quando em bando, com gentes conversando, interagindo, gesticulando, eu fico lá, de orelhas em riste, ouvindo tim tim por tim tim.

dificilmente escuto alguma coisa que preste. nem achar engraçado eu consigo.
consigo desgostar mais das pessoas, e puta merda, isso é como tirar doce da boca de criança.

mas quando eu miro numa conversa alheia, nem a vontade de socar os conversantes me ajuda a parar de prestar atenção.

hoje, no almoço, por exemplo.

as pessoas aqui insistem em sair pra almoçar de caravana. e não adianta você dizer: vou mais tarde, podem ir, encontro vocês lá. impossível despista-las. todo mundo se programa de acordo com o horário de quem é mais difícil se convencer. eu, normalmente.
aí vai, toda aquela corja de gentes almoçar e falar sobre o único assunto que eles (acham que) dominam e que portanto lhes dá um certo ar de superioridade sobre o resto do mundo: trabalho. um nojo.

daí que normalmente eu não presto atenção em ninguém mesmo. fico olhando a janela, ouvindo frases soltas de conversas em outras mesas e tudo mais. nada que me deixe mais feliz, mas pelo menos eu não sou obrigada a interagir com as outras mesas. eu levanto e acaba. elas levantam e acaba.

hoje eu dei pra ficar de ouvido numa mesa próxima. próxima demais eu acho, com pessoas pouco interessadas em levantar, falando alto - argh, gesticulando, coisas assim. e o assunto era a buzanfa da cicarelli, os peitos da cicarelli, a boca da cicarelli. nada mau até.
mas da buzanfa, dos peitos e da boca, o assunto pulou pra ética e a moral da moça. ah meu jäzzus, não tem coisa mais irritante que isso.

e eu nem acho que o mundo seria melhor sem a tal da fofoca, nananina. adoro uma, das quentes, de vez em quando. quem não? dar umas espetadelas, ouvir gentes babacas falando de gentes horríveis, dar risada da vida alheia. ora essa, sem isso os dias seriam ainda mais chatos. daí que de vez em quando a gente assiste novela mesmo, um reality show tôsco (a-do-ro), ou abre uma revista Caras no consultório médico. faz bem, nem disfarça que faz bem.

mas as gentes falam com tanta propriedade da vida alheia que eu tenho vontade de pular no pescoço. geram verdades absolutas a respeito dos outros de uma hora pra outra e saem gritando ao mundo o que sabem ou deixam de saber. toda hora, todo dia. (quase) todo mundo.
me dá desgosto. e eu nem sou fã da cicarelli porra, não tenho pena dela por nada - pelas conclusões a respeito da sua vida, pelos paparazzis, nada. quero que se foda.

tenho raiva das gentes. muita. um desgosto sem fim.

minha mãe me vem à mente, e é quando eu paro de pensar num caso desses com uma celebridade ou coisa assim. penso nas gentes comuns, feitos eu e você. que confiam em outra gente comum e se fodem tendo tudo criado a divulgado num piscar de olhos. uma vida baseada em três ou quatro frases.

eu sei lá. alguma coisa (será a gastrite?) me diz que eu devia tá bem longe daqui. porque eu nutro uma esperança de quem em algum lugar as coisas são diferentes.
em algum lugar o mundo não parece um seriado americano onde as pessoas falam pelos cotovelos. um lugar feito de silêncios, de gestos menores e de próprios umbigos.
porque eu sei que eu não devia me importar tanto com esse tipo de coisa. não me leva à nada (à úlcera talvez). mas elas explodem na cara da gente, sabe? seria como ignorar um belo murro no estômago. não dá.

enfim. bem que eu gostaria que a história toda se resumisse à Cicarelli, ao meu trampo, ou à minha mãe. mas não.

***

lembra do meu professor de sociologia?

eu disse bukowski e ele entendeu dostoievski. aí eu corrigi, e ele agora acha que eu sou fã do maiakowski.

preciso colocar um filtro no meu e-mail. lixo pra ele, sem pestanejar.

quer me comer, o puto.

cotonete, por favor.

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ficção ou fricção?

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quando o tempo estiver cinza assim, vá ao cinema. dica de filme que não te deixa com raiva depois de ter pago o ingresso (com carteirinha de estudante, bem entendido):

"o que você faria?" - porque eu sinto vontade de abraçar os caras que fazem esse tipo de filme com sérias restrições orçamentárias.

e o canal + é surpreendente. vai fazer parte de todas as produções cinematográficas assim na putaqueopariu.

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***

Que tipo de cretino cria comunidades de "Amigos do(a) (nome do(a) cretino(a))!", ou "Eu adoro a(o) (nome da(o) cretina(o))!"?

Se não cria, convida a entrar, que o(a) torna tão cretino(a) quanto.

Aliás, que tipo de idiota usa o orkut?

E se não usa, continua com o seu perfil ativo recebendo e-mails escrotos com convites pra comunidades de pessoas cretinas, o que o(a) torna tão idiota quanto.

eu. saco.

***

é, de repente percebo que eu adoro algumas coisas que odeio.

um lance de bagagem pra própria resmungância, saca?

tipo, visitar fotologs (oh lord!) de gente que me faz vomitar ou manter um perfil ativo no orkut e receber e-mails cretinos pra classificar as pessoas que eu tenho adicionadas entre retardados mentais ou grandes paus no cú.

sei lá, deve ser.

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vou começar a reparar no tipo de coisa que eu faço só pra continuar odiando e resmungando a respeito.

quem sabe eu elaboro uma técnica revolucionária de motivação à resmungância e começo a ganhar dinheiro na seção de auto-ajuda.

quem sabe.

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Friday, September 22, 2006

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O assunto em voga.

Pela primeira vez, circulando durante anos por punksstraightedgesanarquistaslibertarioslibertinoseneoliberais, tenho pensado seriamente em anular meu voto.

Alguém dá uma luz pra esse serzinho desprovido de onisciência: o que fazer quando todas as opções te parecem as piores escolhas possíveis? Quando não há como escolher entre um horrível e outro terrível? Quando o passado de um e o presente do outro condenam a todos, invariavelmente, à câmara de jazzzz?

Tou perdida. E agora, nem aquele história chata de: se informe a respeito do seu candidato, vá atrás, verifique, pressione, e blablabla, ajuda.
Um bando de gente de quinta categoria nadando num mar de chorume.

(Fora o fato de eu ter sido perseguida pela Havanir, tá doido.)

O mundo tá perdido baby.

(e eu gosto de jazz, mas uma das poucas vezes que eu realmente ri com o casseta e planeta foi num quadro onde o negão vestido de hittler mandava os judeus pra câmara de jazz - todos eram torturados por virtuosos instrumentistas que tocavam e tocavam e tocavam. engraçado à valer.)

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E-mail que eu mandei pro meu pai na segunda-feira:

----- Original Message -----
From: Mayumi Sato
To: FSATO
Sent: Tuesday, September 19, 2006 12:42 PM
Subject: Questão Relevante

Eu tenho uma amiga.
Essa amiga tem uma tatuagem e também um pai.

A tatuagem, na amiga, sabe que ela tem um pai, mas por outro lado, o pai, não sabe que a amiga tem a tatuagem nela.

Se você fosse o pai, da amiga, o que você acharia dessa história toda?

(adendo: o pai da amiga é pequeno, mas a tatuagem é grande.)


Pois é, o plano consistia em nunca mostra-la a menos que eu realmente tivesse que fazer isso. E eu achei que demoraria.
Mas semana passada ele disse que vai rolar um encontro da família Sato em Apucarana, no sítio de um tio = Sol + Calor + Suor + Piscina.

Achei que seria melhor começar a preparar o terreno.

Continua.

***

Thursday, September 21, 2006

***

Tomando anti-alérgico que dá um sono porrêta. Se eu já tou um zero à esquerda aqui no trampo, com vontade de fazer nada de nada, agora é que eu viro ameba mesmo.

***

Amanhã tem show do Black Alien e tals. Liguei prum amigo que eu não vejo há tempos e eu sei que gosta pra convidar pra balada.
Nos falamos rapidinho porque a ligação tava ruim até o osso e ele sem jeito disse que até vai, mas..., ahm..., veja bem... (todo sem graça), vai levar a namorada.

Êta, achou que eu tava convidando com segundas intenções.

Homem é besta, né?!

(É o Rafa, lembra dele?)

***

Depois do show vai rolar uma festa de gente moderna e chata (publicitários e afins), open bar.
É pra eu me acabar mesmo, tou precisando disso.

Pra não me sentir muito deslocada, já preparei meu visu beáti.
Linda e loira, vou subir no salto 15 e rodar o cabelão.

***

Informações Relevantérrimas:

1) Tou tomando água adoidado. Fazendo xixi na mesma proporção.

2) Ontem fui comprar uma micro-saia pra completar o visu beáti pra festa de amanhã e aproveitei pra experimentar um shortinhos e tudo mais. Gente, as coisas não são mais as mesmas. Tou com umas coxas celulizentas desgramadas. Numa pessoa de peso normal passaria despercebido, mas eu sou um maldito pau de virar tripa com coxas empestiadas de celulite. Tobias que me aguarde, é nóis dando continuidade à caminhada diária.

3) A porta de vidro que quase me tirou a vida foi consertada, voltará pra casa nova em folha ainda hoje. Ótemo, porque eu não aguento mais dormir com vento nas costas.

4) Me sinto uma criança que deseja ficar doente pra poder não ir à escola.

***

Anteontem quando eu voltava pra casa da faculdade um homem vestido socialmente, de camisa, gravata e uma pasta na mão, tirou o bimbo pra fora e continuou andando como se nada tivesse acontecido.

Na rua, ele vinha e eu ia. Percebi que ele tava com a mão lá, mas eu não tava muito interessada no que ele tava fazendo. Quando a gente tava mais ou menos perto dei aquela olhadela de resvalo, rapidinha, sem prestar muita atenção.
E o bimbo tava lá, meia-bomba, todo exposto, passando pelo zíper aberto da calça.

O engraçado é que o cara não tinha lá uma cara de satisfação. Não dava a impressão de tá curtindo aquilo, sentindo prazer ou o que quer que seja. A expressão era mais de: "poutz, escapuliu", porque parecia que ele tava tentando colocar pra dentro e ajeitando, eu sei lá.

Claro que quando eu me dei conta comecei a andar depressa, toda destrambelhada, mas quando olhei pra trás o cara continuava caminhando, com uma pasta na mão e o bimbo exposto na outra.

Gente estranha.

(muitas histórias de bimbos em pouco tempo. há um ar complô no ar.)

(acabo de contar essa história à Mara e a teoria é de que o coitado tava com o bimbo ardendo e no desespero tirou lá mesmo e continuou andando. será?)

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Tuesday, September 19, 2006

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destruidíssima.

uma insônia doida e doída.

não andei com o cão ontem, culpa do professor motorizado novamente, e talvez seja isso. será?

é sempre assim. eu faço cara de quem não tá entendendo a situação e digo que é estranho, porque eu não costumo ter insônia.
mas se eu sempre digo é porque eu sempre tenho, né não?

justifiquei com o anti-alérgico, que entre outras coisas pode causar insônia, segundo a bula.
justifiquei com as preocupações do trampo, dinheiro, casa pra morar.

mas há sempre uma justificativa que vai e a insônia fica. não entendo isso.

ontem tinha justificativa nenhuma. porque eu comi direito, comida não tão leve, mas o que sempre me faz não dormir é fome mesmo. então comi antes de ir pra casa pra não ficar com preguiça na hora de dormir sem conseguir comer ou dormir (taí, fome e preguiça de preparar alguma coisa pra comer também são justificativas). tomei um banho quente pra relaxar. fumei, tomei leitinho, escovei os dentes, assisti televisão. e nada do sono chegar.

(e no final de semana eu nem dormi tanto assim (porque quando eu durmo demais num dia eu durmo depouco no outro - outra, tá percebendo?)).

entrei na internet, papeei no msn, desliguei o computador, coloquei cobertor pro cão, afofei os gatos, fiz xixi, li um pouco na cama, vi um pouquinho de todos os canais da tv a cabo e... nada.

se eu durmi 2h foi muito.

hoje é dia de dor nas costas e mau humor acima da média. novidade nenhuma.

e eu tenho prova de administração.


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belisco quebrou 17 dos 20 copos que eu tinha em casa antes da sua chegada. praticamente um mestre na arte de quebrar copos.
sábado ganhamos três copos grandes (coloridos e resistentes) da minha mãe e domingo a cliente do belisco foi em casa pegar o trampo pronto e levou um conjunto de copos resistentes também (ela passou em casa na quarta, quis beber água e acabou sabendo da história toda. ficou com dó.).

então a partir de agora se quiserem nos presentear, que venham os pratos ;)

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vou colocar foto dos gatos. e do belisco talvez. senão vão acabar ficando com ciúmes do cão.

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Monday, September 18, 2006




fotos do dia em que ele veio pra casa. uma cara de santo, a gente não fazia idéia.



duas fotos (não tão) recentes do Tobias. um monstrinho, né não?

o primeiro passeio no Ibirapuera.


tou tentando postar uma foto há horas.

não consigo, mas que diaxo.

em casa, de noite, eu tento de novo. prometo.

Friday, September 15, 2006

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Ontem teve Mamelo Sound System.

Não dei as caras na faculdade por uma boa causa. Além do sonzinho de sempre, rolou uma micro participação do Gustavo Black Alien, que eu adoro.

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Desgosto parte I.

Lembra do Dickens que eu achei no sebo? Aquele da edição caprichada?

Pois é, o cão comeu.

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Desgosto parte II.

Dj Shadow não toca em São Paulo.
Beastie Boys não toca em São Paulo.

Tocam no Rio e em Curitiba. Domingo e Terça, respectivamente.

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Hoje é sexta-feira e eu não tenho aula. Jäzzus, como eu precisava disso.

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Queria ter uma boa história pra contar. Mas fora o de sempre, há nada.

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Meu professor confunde Bukowski com Dostoiévski, faz comentários esdrúxulos a respeito de livros que não leu e filmes que não viu (sim, eu perguntei e ele pelo menos respondeu com sinceridade) e gasta boa parte do tempo paparicando as cocótas peitudas da sala.

Alguém, por gentileza, me dê uma razão pra que eu vá às aulas de sociologia.

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Recebi um santinho da Havanir entregue pela própria, contei?

Pois bem, ontem o Tobias e eu fomos perseguidos por um carro de som (acho que era um gol antiguinho) com um boneco de Olinda gigantesco da candidata , que gritava sem parar: "Meu Nome É Havanir, Meu Nome É Havanir, Meu Nome É Havanir".

Jäzzus, que tortura. E quando eu digo que fomos perseguidos, não é brincadeira. Estávamos indo em direção à pracinha, quando eu vi que aquele carro de som ia pela mesma rua viramos na primeira equina, ele fez o mesmo. Achei que virar a esquina seguinte nos tiraria do caminho daquele monstro. Ledo engano, a Havanir foi atrás. Foi só quando eu vi que o cão estava tremento de medo e começamos a correr que conseguimos despista-la.

Será Havanir o Mestre dos Magos?

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calor. muito. calor.

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Thursday, September 14, 2006

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professores deviam ser proibidos de comprar carros, motos e afins.

transporte público pra eles. gratuito, pode ser, com ar condicionado e lanchinho até.

não há nada mais cruel do que o professor começar a fazer chamada as 23h (e claro que ele começa pelo outro curso que não o meu).
aí a gente sai da sala, desce as escadas, ouve os grilos lá fora, caminha até o metrô e o professor passa, de carro. e ainda dá uma buzinadinha, o desgraçado. pode?

e a gente mata um e ninguém entende.

***

muro de lamentações:

07h as 19h30m - trampo. seja indo, vindo, ou no próprio.

19h30m as 23h - faculdade. lá dentro, fritando.

aí eu lembro que tenho dois gatos, um cão, um belisco, uma casa e um corpinho.

sobra algum tempo pra cuidar de tudo isso, não sobra?

23h30m as 07h - limpa a areia dos gatos e a zona do cão,, varre a casa (porque morar no centro é uó de pó), conversa com o belisco, passeia com o cachorro, vai ao mercado 24horas, lava roupa, estende roupa, dá um tapa no banheiro, toma banho, seca o cabelo, coloca a comida congelada recém comprada no microondas, come, trepa e dorme. dorme? quando dorme? dorme quanto? quanto???

veja bem, não tou reclamando. tou feliz da vida com tudo (mesmo porque quando eu digo que faço isso ou aquilo na casa, tou fazendo com o belisco ajudando - ou tentando ajudar, ou aprendendo ajudar - o que torna tudo mais divertido), mas... eu preciso dormir mais.

porque eu passo protetor solar todos os dias. e pôxa vida, essa é a primeira regra pra se manter jovem e radiante por mais tempo, né não? aquele diaxo de propaganda que eu assisti pelo menos uma vez por mês quando cursei o diaxo da publicidade não me deixa mentir. mas... passar protetor solar, caminhar pelo menos 1 hora por dia, se alimentar bem na medida do possível, fumar menos, trepar, escovar os dentes...adianta nada fazer tudo isso se eu não durmo.
tá, quase não durmo. e acumulo o sono não dormido. e até tento repor no final de semana, mas francamente, eu tenho coisas mais importantes pra fazer no final de semana que durante a semana é claro que eu não tenho tempo.

e eu chego no trabalho, quinta-feira pessadíssima, querendo que todo mundo morra.
nada mais natural, não é?
cansada pra burro, com a menor vontade de estar aqui, pensando nas milhares de coisas mais importantes que eu podia tá fazendo, lembrando que quando eu cheguei o sol nem raiava e quando eu for embora ele já vai começar a se esconder, e pôxa, as pessoas ainda querem que eu seja produtiva, pró-ativa, sociável, maleável e o caralho a quatro?

digo isso com a maior tranquilidade do mundo: morram, por favor todos vocês, morram.

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se eu tivesse estômago, venderia o corpinho. fácil.

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Eu... só... quero... dormir.... um tantinho.

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Wednesday, September 13, 2006



De tanto bater meu coração parou.

De uma lindeza sem fim. Bonito bonito, daqueles que fazem bem pra gente e dão vontade de compartilhar com quem se gosta.

Monday, September 11, 2006

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Ah, eu adoro morar em um bairro de gente chique, cheio de dondocas que levam seus cãezinhos perfumados pra passear no shopping. A-do-ro!

Tobias e eu descobrimos que na Praça Buenos Aires, além de dezenas de bebedouros pra cães espalhados, existe uma espécie de berçário pros cães.
Trata-se de um cercadinho com tudo o que os cães precisam pra ser felizes: espaço e mais cães.
Ou seja, a gente dá aquela andadela, toma uma água, curte a passarinhada e depois eu solto ele no cercadinho. Aí eu abro um livro e fico esperando ele se cansar e vir deitar nos meus pés. É sinal de que já tá na hora de ir embora.
Assim que a gente chega em casa eu dou uma lavadela nas patas imundas do cão e ele dorme até o dia seguinte.
Ele se acaba toda vez, e o melhor de tudo é que ele tá master sociável com outros cães. Além de já ter aprendido a andar feito gente grande na coleira, sem ficar puxando pra todos os lados. (já contei que ele aprendeu a sentar e a deitar, não?)

Verdade, ganhar um cão foi a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo. Além do Belisco, claro.

(mas levar animaizinhos pra passear no shopping ainda me soa mal. imagina o tobias fazendo um cocozão fedido em frente a uma daquelas lojinhas perfumadas de sabonetinhos e afins. a mistura de odores pelo shopping seria destruidora.)

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Sábado nós fomos na Cobasi e foi praticamente uma ida ao shopping. Compramos uma cama maior e mais bonita pro cão, uma caixa de areia maior, mais bonita e com bordas anti-sujeira pros gatos, brinquedinhos mil pra todos, pazinha pra catar sujeira de gato, sacos enormes de comida, anti-pulgas e tudo o que se tem direito. Mesmo gastando os dois olhos da cara, voltamos todos satisfeitos. Êta família bonita!

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E eu sou masterpróultra boa em buraco. Definitivamente.

Não dá mais graça apostar com o Belisco. Começo o jogo já pensando no castigo que vou submete-lo.

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Dois achados num sebo qualquer. Dickens + Dickens em edições caprichadas. Jóia!

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Sílvia, vou colocar um link aqui que talvez possa te ajudar durante os sábados e domingos de tédio:
http://liberallibertariolibertino.blogspot.com/

Gosto do jeito que o cara escreve, mesmo quando sinto o estômago arder com vontade de começar uma discussão. Mas dura tanto quanto na vida real, nada.

Faz tempo que eu cansei de gritar aos quatro cantos o que eu acho ou deixo de achar certo nessa vida.
O que eu acho certo, levo comigo no dia a dia. O que eu acho errado, descarto.
Com as gentes ao meu redor é assim também. Eu observo, avalio, analiso. Nada no mundo passa por mim desapercebido, sempre com o filtro ativado. O que é bom fica, o que é ruim, cai fora.
É aquela velha história de que não adianta a mãe se descabelar dizendo pra filha não dar a periquita pra qualquer um que disser que a ama porque ele só quer isso mesmo - a periquita, gritar com o filho pra ele parar de andar com aqueles moleques terríveis porque eles oferecerão drogas e o levarão a uma vida miserável.... etc, etc, etc.
Tem que deixar se foder, ser fodido, experimentar, tropeçar, cair... e a partir daí fazer suas escolhas.
Bom, pra mim sempre foi assim. Não venha me dizer o que é certo, o que é errado, o que é bom ou ruim. Eu escolho o que é ou não é. ponto.

Enfim, mas esse cara aí em questão é interessante. Porque ele dá uma certa segurança, quer dizer, não é aquele tipo de gente de quinta que lê na Veja uma notícia a respeito de qualquer coisa e sai por aí gritando aos quatro cantos palavras de ordem, com peito de pombo e jeito de quem sabe de tudo. Além disso não me parece o tipo de pessoa que quer que as demais pessoas concordem com ele. Ou seja, um ser humano de bom senso.

Lê lá.

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Vou comprar roupinhas de ginástica.

(gente, é incrível como eu me surpreendo comigo.)

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Toca Raul.

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E eu fui a nenhum dos shows que planejei. ingressos esgotados ou preços abusivos. esse mundo tá perdido mesmo.

***

Vou explicar um tantinho o layout da sala do meu trampo.

Tem o Marcelo, que é gerente da área (um bunda mole que só me dá desgosto).
Eu, que sou coordenadora da área (não me perguntem como).
A Mara, que é a criatura mais engraçada que eu já conheci, naturalmente bizarra, e nossa secretária (a mesma da história do velho babão e tarado. e que me deu o Tobias.)

Dia desses estávamos os três conversando quando o Marcelo se levanta e vai até a porta. Faz que vai, faz que não vai e acaba ficando parado na porta aberta, que fica a 1 centímetro da mesa da Mara. De repente, não sei por que cargas d´água, a Mara que continua conversando com ele, pára de olhar para o seu rosto. Do nada, ela fixa o olhar no bimbo do homem e fica lá, hipnotizada. Sim, do pinto, do pau, do pacote de trakinas. Enfim, ficou lá conversando e olhando, fixamente.

Eu tava meio distraída, mas percebi que tinha alguma coisa errada. Fiquei olhando pra ela, pro bimbo, pro Marcelo que falava e olhava pra mim e olhava pra ela e olhava pro bimbo e ficava vermelho. E a gente ainda continuou assim alguns minutos. Ela olhando, eu olhando, ele parado com medo de se mexer, e eu tentando desviar o olho e ele desesperado e a Mara lá, encarando o bimbo. Quando a situação começou a ficar desesperadora e eu quase gritei: "MEU DEUS MULHER, QUE VOCÊ TÁ OLHANDO???", o Marcelo - tonto que só ele coitado - dá um pulinho bizonho pra trás, coloca a mão na frente do perseguido e sai correndo em direção à sua mesa. Senta como se estivesse com a maior pressa do mundo, fecha a cara e começa a digitar compulsivamente. Digitar nada no nada, aposto.

Gente, eu sinceramente não sei quem é mais bizarro nessa história toda.

Enfim, só sei que foi uma das situações mais engraçadas e inexplicáveis que eu já vivi. A Mara ainda jura de pé junto que nem percebeu, de repente fixou o olhar e ficou, ali, meio que conversando com o bimbo alheio.

Tá, foi engraçado na hora.

***

Wednesday, September 06, 2006

Tá bom, tá bom, vocês venceram.

Silviuschka, tudo o que eu quero é ir pra Curitiba. Quando a temperatura estiver minimamente sobrevivivel.
Frio me dói, blablablavocêstãocarecasdesaber, e eu já tou sofrendo horrores em São Paulo.
Ir pra Curitiba agora, é suicídio. Nem pra casamento, velório ou batizado, daqui eu não saio, daqui ninguém me tira.

Já falei que eu fico cinza nos dias cinzas, não? Pelo menos tá rolando um solzinho pela manhã, que esquenta nada, mas dá impressão de que vale a pena acordar. É o suficiente pra eu ficar colorida o dia inteiro, uma belezinha.

Falando nisso, tou cumprindo a promessa de me exercitar com o Tobias depois que ele tomasse todas as vacinas.
Tudo bem que foram só 3 dias, mas eu fico orgulhosa de lembrar que domingo eu acordei 8 da matina e andei quase o Minhocão inteiro ao lado do cão. Ontem cheguei da faculdade mais cedo que de costume e levei o cão pra passear pelas quadradezas. Fomos à pracinha, até o Minhocão e andamos um tantão da Higienópolis. Uma hora de caminhada. Bom, não?

E ele faz o maiooor sucesso. Tadinho, mal sabe ele que depois que crescer alguns centímetros as pessoas não terão assim tanto amor pra dar. Acontece.

***

Hoje tem prova de contabilidade. Céus, como eu odeio isso.

Ontem tive prova de matemática e, apesar de não ter ido a 60% das aulas, consegui recuperar o tempo perdido estudando no domingo.
Foi bico, doce, brincadeira de criança. Ah, como é bom ser fodona.

***

Visitamos o futuro apê no sábado e eu acho que vou ser feliz morando lá.
É, acho, e isso é uma droga, não é?
Não gostei da rua e eu sei o quanto os meus pais vão me encher por isso.
Tenho frescura nenhuma pra essas coisas. Adorei ter morado na rua das putas, na rua das bichas, e, pasmem, posso dizer que até morando numa rua cheia de advogados mackenzistas (aaaaaaaaaaargh!) eu sou feliz, mas a tal da ruazinha do novo apê é... ahm... extremamente sem graça.
Não tem montes de lixo na rua, mas também não tem um verdinho, uma árvorezinha, um cuidado que seja. Dá um certo desgosto, admito.
Mas é bom por ser perto do apê atual, perto dos lugares que eu gosto de ir, de lugares pra passear com o Tobias e a 1 quadra do metrô. É, tem lá suas vantagens.

Enfim, é pra lá mesmo que nós vamos, e depois que a correria da mudança passar vou ver se me animo a criar a associação da rua blabla (não decorei o nome ainda) e a gente dá uma revitalizada no nosso canto. É uma boa idéia não é?
Sim, princialmente considerando que o prédio onde vamos morar é cheio de artistas e gente moderna (verdade). Nada mais in que isso. ponto.

***

Fora isso...

tenho tempo nenhum
tenho tempo pra nada
só corro e corro e corro
trabalho correndo
almoço correndo
estudo correndo
passeio com o tobias correndo
durmo correndo
e entro aqui correndo

nem tempo pra me chatear ou cansar eu tenho
porque só corro corro corro

portaaaaaanto (alongando as palavras pra permanecer parada algum tempo)...

me perdoem, mas eu só dou as caras no feriado.

e olhe lá.

bj silviuschka
bj andruschko

***

Friday, August 25, 2006

***

adoro pessoas bêbadas mandadoras de e-mails sensatos.

e eu não consigo responder, não como gostaria, daí não respondo de jeito nenhum.

porque eu só trabalho, trabalho, trabalho.

e continuo com a maldita contabilidade me infernizando.

ueps, peps, mmp. gostaria que tudo isso fosse à merda.

ps: andré, o seu eu não recebi.


***

tobias - o cão, aprendeu a sentar e a deitar. lindo lindo.

ontem a noite fiquei me divertindo, entuchando ele de biscoitinhos pra ve-lo sentar e deitar.
chegou uma hora que o coitado já tava torto de tanto biscoitinho e aí não tinha santo que o fizesse obedecer. quer dizer, deitado ele ficou, mas não levantava nem a pau.

e faltam poucos dias pra terceira vacina, o que significa que eu vou poder passear com tobias - o cão pelas quadradezas da santa cecília, toda orgulhosa.
tou ansiosíssima. êta cachorro lindão!

***

comprar casa dá trabalho e levando em conta que pra comprar uma coisa realmente boa eu vou ter que me endividar por pelo menos um quinto de século, vai ter que ser tudo muito bem pensado e analisado e avaliado e compartilhado.

aí eu continuo, louca da vida, dividindo os miseráveis metros quadrados do miniapê atual com os animais (beliscoamordaminhavida incluído). ó céus.

se eu pelo menos pudesse tirar e colocar a bateria deles quando quisesse, ah, aí sim seria uma belezura.

***

always look on the bright side of life.

monty phyton ruleia, tá ligado?

***

que diabo de tempo que não se decide.

agora dei pra sair de casa com a mochila cheia de roupa, porque nunca dá pra saber qual a temperatura nas próximas horas.

sempre foi mais ou menos assim, mas não desse jeito. ou foi?

***

confissão:

tenho alergia a lubrificante de camisinha.

agora só tem bimbada com camisinha não lubrificada.

engraçado isso, porque eu achei que alergia era de nascença de gente desde sempre. mas não, porque essa se desenvolveu agora, do nada. que coisa não?


***

mas porque diabos eu tou falando disso aqui?

tou agitada-ada-ada.

***

saudades das gentes. forte.

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e tem show do tortoise chegando. torrrrrtooooooooooise, tá ligado?

e cardigans.

e gang of four.

e new order.

oh yeah móderfóquer!

as gentes bem que podiam começar a variar a época de bons show por aqui, não? se estes, por exemplo, tivessem sido democraticamente distribuídos durante o ano dava até pra planejar ir a todos. mas não, eles querem que tudo isso aconteça em dois meses e ainda têm a pachorra de cobrar os dois olhos da cara pelo ingresso (com exceção do torrrtooooooooise, que com carteirinha vai sair baratim).

e eu nem quero ficar abrindo agenda de shows nenhuma pra lembrar do resto. o que os olhos não vêem o bolso não sente.

***

Tuesday, August 22, 2006

***

A gente faz coisas horríveis quando está no auge da tpm, não faz?

Parece até que eu tou tomada pelo coisa ruim.
Faço uns escândalos bizarros, dou importância pra coisas que passariam desapercebidas num dia qualquer, fico procurando motivo pra brigar ou pra me fazer de vítima. um lance feio mesmo.
E de repente caio na real (a sorte é que os surtos não duram muito tempo) e fico me perguntando - por que diabos eu fiz isso?

E eu não sou do tipo que se aproveita da tpm pra fazer barbaridades e me justificar. não gosto disso não. me sinto fazendo papel de idiota, de ignorante. tratando gentes que não merecem de uma forma horrível.

me sinto meio minha mãe. e definitivamente isso é algo que eu não posso admitir.

***

Mas...

E se um dia der a louca nos meus hormônios e eu viver numa espécie de tpm constante?

Será que isso acontece? Com que frequência? E como se descobre?
E se eu estou com os hormônios enlouquecidos há algum tempo e não sei disso?
E se eu podia me sentir plenamente feliz e realizada com a minha vida e não me sinto assim simplesmente porque tenho problemas hormonais???
E se eu cometer um homicídio, os hormônios em excesso podem ser usados na minha defesa? (sei que sim, na teoria. mas e na prática?)
E se eu me matar e durante a autópsia descobrirem que tudo podia ter sido evitado se eu tivesse feito reposição hormonal mensalmente?

E se? E se? E se?

Nossa, isso é realmente assustador.

Porque veja bem, a depressão pós-parto já é conhecidíssima e tudo mais. E com exceção do Tom Cruise, ela é reconhecida e tratada seriamente por conta dos riscos que ela representa tanto para a mãe quanto para o bebê.
Mas e quando não era conhecida assim? As mães rejeitavam seus filhos, não conseguiam trata-lo da forma correta, tinha impulsos suicidas e homicidas e - pum! - eram simplesmente apedreajdas? Sim, porque se não se sabe que o buraco é mais embaixo, trata-se como sem-vergonhice, ou qualquer coisa parecida, né não?

Mas e eu? E eu?
E se eu sou/tou assim por conta dos hormônios?
Porque diabos eu odeio tanto as gentes ao meu redor?
Será que todas elas são criaturas adoráveis e eu não consigo enxergar a verdade?

Será? Será?

***

E mais essa:

parei de descrever meu desespero aí em cima e fui almoçar. no que eu chego junto das gentes pra fumar aquela cigarreta esperta antes de encher o buxo, me chega a notícia de que durante o final de semana um homem que morava aqui em alphaville matou os 3 filhos e se matou em seguida. o motivo: depressão.

de novo, os malditos hormônios. né não? quer dizer, o tiozinho podia até tá lascado da vida dele, segundo consta ele tinha acabado de se separar e estava com problemas financeiros, mas não dá pra justificar um infanticídio triplo seguido de suicídio só com isso. a participação dos hormônios, tenho certeza, foi fundamental.

sempre eles, sempre eles. jäzzus, alguém tem que fazer alguma coisa!!!

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O que fode mesmo é saber que o Belisco vai trabalhar durante a noite nas próximas duas semanas.

Ele sai pra trabalhar e eu tou voltando da faculdade, ele volta pra casa do trampo e eu já saí pra ir trampar.

Não há chance de nos encontrarmos, só no final de semana.

Pôxa vida, foi-se o tempo em que eu me contentava em namorar nos finais de semana, levar o namorado pra casa dos meus pais, assistir uns filmes, dar tchau e dormir tranquilamente.

Difícil né?!

Dormir junto é o lance mais necessário do mundo.
E eu nem tou falando em trepar e essa coisa toda, que é bom pra cacete, mas que não é o lance crucial nesse período do mês. Tou falando naquela conversa boa que se tem antes de dormir, abraçados, das risadas que a gente dá um com o outro, em como é bom pegar no sono deitada no peito dele, sentindo o coração bater e o cheiro bom que ele tem no pescoço. irresistível.

Sério, muito necessário.

Aí ficar de tpm, sem belisco, dormindo sozinha. Não há ser humano que sobreviva.

Saco.

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Reviravolta no caso - Procura-se Casa Pra Alugar.

Reviravolta das grandes.

Vamos comprar! Uhú, uhú!

Com a generosidade do BeliscoPai e as minhas idéias mirabolantes, é uma questão de tempo para que Tobias, Belisco, Felinos e Eu dominemos o mercado imobiliário de São Paulo.

Mmmhuuuaaa! (risada maléfica)

Quem viver verá.

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Monday, August 21, 2006

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e a gente passa das trevas à euforia num piscar de olhos.

digo e repito, se eu fosse in, chamava de bipolaridade.

mas é só o mundo, minha gente. é o mundo dando das suas voltas!

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sempre fui master ansiosa. sempre, sempre.
não consigo dormir com um problema sem resolve-lo. nos casos mais grotescos, tenho que ter pelo menos uma saída em mente.
mas quando dependo dos outros, e do maldito bom senso que as pessoas custam a ter, me lasco de nervoso.
me corrôo por dentro, dia e noite, uma tristeza. gastrite e bruxismo - preciso falar mais nada.

e é isso, vira e mexe situações desse tipo voltam a acontecer, né não?

na vida profissional e na pessoal, é tudo uma grande repetição.

o lance que tá rolando aqui no trampo lembra muito o que eu passei quando saí da casas dos meus pais pra ir morar com uns amigos.

resolvi que tava na hora de dar no pé e em menos de um mês já tinha alugado um apê, convencido uns amigos que não tinham graaandes motivos pra sair de casa a dividir as despesas comigo, ajeitado minhas coisas num táxi e saído, sem dizer uma palavra à minha família.
é o tipo de coisa que eu gosto mesmo de fazer. tá me incomodando? dou um jeito e ponto final, sem churumelas.
e dei. tive um trabalho lascado, contei comigo e comigo mesma durante todo o tempo, mas dei conta do recado.
vida boa vai, vida boa vem, arrumamos novos moradores pra casa.
um lance meio imposto, meio com cara de esmola, acabamos sustentando um casal de "amigos" durante quase 6 meses.
é lógico que eu que queria paz e independência, não consegui conviver muito tempo com aquilo.
arranjei umas boas brigas, passei por uns belos nervosos, mas em pouco tempo saí de lá pra morar com meu namorado na época.
o grande problema é que uma das figuras parasitas era tão boa atriz que fez com que o mundo me olhasse torto por ter tomado aquela atitude. uma gentinha mal-caráter de dar gosto, que até hoje me causa náuseas.
mas é aquela coisa, acabar com a sensação de injustiça não dependia mais de mim. infelizmente eu teria que esperar que o mundo caísse na real pra poder finalmente respirar aliviada e ter meus amigos de volta.

(e eu podia até ter estribuchado, insistido pras pessoas confiarem em mim, armado encontros secretos pra explicar tim tim por tim tim o que tava rolando, mas... definitivamente eu não sou assim. puta canseira, puta desgaste, que de repente ia dar mais pano pra manga.)

saí de lá e do convívio das pessoas, mas era dureza ficar sabendo que por mais que eu não estivesse no meio, novas histórias horrendas a meu respeito iam surgindo e mais e mais pessoas iam sendo contaminadas. um lance podre mesmo.

deve fazer uns 4 ou 5 anos que tudo isso rolou. acabei esquecendo de tudo e retomando contato com algumas pessoas. pro rolê eu nunca mais voltei, essa vida na cena hardcore, ou em qualquer grupo desse tipo, é desgastante demais. e eu tou só afim de sombra e água fresca.

mesmo tendo passado por cima de tudo (será?), no fundo no fundo eu tinha uns lances engasgados, saca?
uma sensaçãozinha de desânimo, porque pra mim a tal da sirigaita-interesseira-parasita continuava por aí, livre leve e solta. e francamente, eu queria mesmo era ve-la queimando no mármore do inferno.

até que uns dias atrás acabei indo tatuar com um amigo e, papo vai papo vem, acabamos falando na tal da Porca.
passamos umas boas 3 horas - eu, meu amigo e o tatuador - descascando o abacaxi na criatura.
descobri que a máscara finalmente caiu e agora, olha a bizarrice, ela foi pedir arrêgo pra gente da pior espécie: tá dando rolê com skin.

pois é. de vegan straight edge pride, pra amiga dos carecas. um lance lastimável.

me diverti horrores com as histórias cabeludas a respeito dela e senti uma puta sensação boa ao saber que enfim o mundo sabe com quem está lidando.

rancorzinho né?! pois é.

***

e como eu tinha dito, o lance aqui no trampo é mais ou menos esse.
tenho passado poucas e boas por conta de gentes completamente sem caráter, que por conta de um sobrenome de peso acham que podem fazer a balbúrdia que quiserem.

conselhos pra que eu trouxesse essas gentes pro meu lado, eu cansei de ouvir, mas em nenhum momento cogitei realmente essa possibilidade.
trazer gente assim pro meu lado é o mesmo que me tornar um deles. não quero ser o ser humano mais coerente desse mundo, aliás coerência de c* é r***, mas eu tenho o mínimo de ética pessoal pra não deixar me seduzir pelo cheiro de poder.
de jeito nenhum ia começar a fingir que não via o que estava acontecendo - as pessoas em quem eu confio sendo humilhadas, maltratadas, pisoteadas. nem a pau.

como o lance todo foge da minha alçada, uma vez que envolve flhos de diretores e o ego de famílias inteiras, fiz o que podia ser feito. contra tudo e contra todos eu tenho defendido as pessoas em quem eu confio e me posicionado veementemente contra as decisões equivocadas de quem quer que seja.

mas é de novo o tipo de problema que não depende de mim pra ser resolvido. tudo o que eu posso fazer é esperar que a máscara caia.

hoje eu tive a maravilhosa notícia de que o objeto-do-meu-desgosto-profissional vai ser enviado pra outra área. a gestão não é mais minha e portanto, mais uma vez, é só uma questão de tempo.

não gosto muito de fazer previsões porque a gente nunca sabe, mas de uma coisa eu tenho certeza: mais cedo ou mais tarde (e pelo jeito vai ser cedo), a máscara de alguém por aqui vai cair. desabar. e o tombo vai ser feio de dar dó.

***

por hora permaneço no camarote.

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ai minha úlcera.

;)


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mudando de assunto.

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amanhã viajo pra itanhaém. tá começando a esfriar, mas viajar com o Belisco é sempre bom.

fim de semana de praia nublada. hmm, dilícia!

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update:

voltei de intanhaém.
sábado de chuva + baralho + churrasco + dormeacordadormeacorda e domingo de sol + praia + sol.

uma belezinha.

***

Thursday, August 17, 2006

é uma tristeza mesmo, uma tristeza.

cada dia que passa eu fico mais cansada das gentes ao meu redor. exausta, pra ser sincera.

se você está num emprego X ganhando Y por exemplo, pode ter certeza que o fulano ao lado, quando souber disso, vai fazer questão de falar do cara que ele conhece que trabalha meio X e ganha 5 vezes Y. mas é claro que no dia que você ficar desempregrado, o tal do fulano vai desconversar e você vai perceber que a história não era exatamente essa: o tal do emprego não existe ou o tal do cara que ele conhece nem tá ganhando tão bem assim. tá captando?

agora compreenda o meu desgosto.

tou há alguns meses matutando a minha mudança de casa. ganhei o cachorro, um belisco definitivo e agora não dá pra continuar morando naquela minusculidade de apto.
sozinha eu tava que tava feliz da minha vida, mas agora com um belisco barrigudo, um gato obeso, uma gata que acha que é um cachorro e um monstro em forma de mini cão, tou começando a sentir meu instinto assassino aflorado. enfim, foi aí que comecei a perguntar pra rapêize a respeito de imóveis pra alugar.

*cri-cri-cri* (som de grilo)

nada. ninguém. só umas bocas tortas, umas sombrancelhas erguidas, o olhar de quem tá puxando na memória e... *cri-cri-cri*, nada.
tudo bem, não acho que alguém tenha obrigação de sair por aí anotando telefones de plaquinhas de aluga-se pra mim, mas deixei o meu recado: se souber de alguma coisa, me avisa.

passamos semanas e semanas enfrentando engarrafamentos, corretores mal humorados ou (os piores) que te tratam feito rei pra te enfiar numa furada lucrativa, passeando por todas as ruas da ana rosa, vila mariana, vila madalena, santa cruz, saúde, aclimação, praça da árvore, perdizes..., entrando em casas lindas por fora e destruídas por dentro, dando soquinhos nos armários e descobrindo que todos os cômodos estavam tomados por cupins, casas úmidas, mofadas, infiltradas, sem quintal pro cão, sem garagem, perfeitas - se não fossem os malditos banheiros sem janela, perfeitas - se não fosse a maldita vizinhança, perfeitas - se não tivesse um ponto de ônibus na porta. todo tipo de roubada.

pensamos em financiar também. mas ninguém faz idéia da burocracia que um financiamento exige e da grana que você tem que dar na lata pra que o negócio valha a pena. tempo e dinheiro - são definitivamente coisas das quais não disposmos em abundância.

quando a gente tava quase desistindo e considerando a possibilidade de cortar as patas e cordas vocais do cão pra que pudéssemos viver tranquilamente num apto de gente normal que não tem um zoológico em casa, encontramos A casa.

o aluguel não é a coisa mais barata desse mundo, mais ou menos dentro do que a gente vinha pesquisando mesmo, mas acreditem em mim, é A casa.
e pra quem vai pagar aluguel, o essencial é encontrar algo que você pague com gosto. porque se vai gastar tem que ser sem peso na consciência, né não?

eu, tosca-linguaruda-master-animada, comentei com algumas pessoas.
comentário vai comentário vem, eu começo a ouvir o discurso cheio de razão de sempre:

- ah, mas eu conheço um fulano que paga metade do que você vai pagar e mora numa casa blablabla.

- é? onde? me dá o telefone da corretora?

...

- ah, mas eu já vi uma casa pra alugar muito mais blablabla.

- é? onde? me dá o telefone da corretora?

...

sempre a mesma ladainha.

de financiamento e consórcio de imóveis então. é todo mundo especialista e sabichão nesse tipo de negócio. todas as dicas, sugestões, conselhos... tá tudinho na ponta da língua.

(vontade de socar um rostinho)

mas é claro que na hora H, fulano sabe mesmo é de porcaria nenhuma. acha que enfiar o dedo vocêsabeaonde e cheirar o torna expert em qualquer assunto.

(aaaaaaah!)

(sim, isso é um desabafo)

inspira, expira, inspira, expira...

***

então gente, é isso.

o recado é basicamente: vocês que são meus amigos de fé e irmãos camaradas ajudem a difundir entre as gentes que nos conhecem que não há nada mais irritante do que alguém perguntando quanto você paga de aluguel pra avaliar se o dinheiro está sendo devidamente bem administrado. assim fica avisado que, se um dia alguém vier com essa maldita pergunta, não respondo por mim.

***

em tempo:

o dinheiro é meu não é?
se eu quiser doar tudinho pra igreja universal do reino do cão, eu dôo, não dôo?
se eu quiser queimar tudinho em praça publica, eu vou lá e queimo, não queimo? (desde que a polícia não saiba, porque queimar dinheiro - verdade - é crime).
se eu quiser gastar tudinho em putaria, eu gasto, não gasto?

então:

cuida da sua própria buzanfa, ok?

***

gente, vocês não imaginam.

***

ps: e eu nem sei mesmo se vou ficar com A casa. estamos negociando, sem parar de procurar outras opções. por isso ainda não a descrevi por aqui.

:)

Wednesday, August 16, 2006

importante 1
ontem foi aniversário do belisco

importante 2
ontem encontrei minha futura nova casa (espero)

importante 3
bud spencer - o gato mais gordo e metido da paróquia - começou, finalmente, a interagir com tobiascãosemnoção

importante 4
logo mais post de fotas supimpas pra rapêize

Tuesday, August 15, 2006

André - Uma Foca em Minha Vida

Carvalho é um cara jóia. Uma jóia, saca?

Nesse mundo de meu deus é impossível suportar mais que duas ou três pessoas. Difícil encontrar gentes suportáveis e, francamente, não quero correr o risco de me contentar com gentes de quinta de tanto cansar de procurar. Não procuro. Quando surgem eu agarro, se passam longe eu nem olho. Carvalho foi um dos que eu agarrei. Literalmente.
Inteligente como um cão pastor é capaz de entender tudinho o que eu não entendo em mim. E explica, e explica e explica. Na hora até faço aquela cara de "eu sei, eu sei", mas sei mesmo é de nada. Durmo com o Carvalho tagarelando na minha cabeça, acordo com o Carvalho tagarelando, almoço com o Carvalho tagarelando e até trepo com a voz do Carvalho na cabeça. Tipo grilo falante mesmo. De repente eu entendo - porque se insistir o barato pega - e fico pensando, "puxa, como é porrêta esse Carvalho".

Tem o Leones também, que é meu amigo-imaginário-gordinho-apanhão-eu-sempre-soube-que-esse-garoto-tinha-futuro. Uma coisa de doido que eu já contei aqui, faz tempim.
Primeiro conheci Leones e depois conheci Carvalho. O Leones, imaginário, a princípio não poderia ser conhecido por mais ninguém. Me enganei.
Num dos dias mais agradáveis da década descobri que o Carvalho compartilhava do mesmo amigo imaginário, e o amava assim como eu, imaginando. Não é incrível?

Enfim, isso tudo é pra dizer que esses dois acabam com o meu coraçãozinho e que eu sinto o maior orgulho de dizer que sou amiga deles. Um na vida real e outro na imaginação.


http://traducaoexpontanea.blogspot.com

http://canissapiens.blogspot.com

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(Sílvia, sua arma contra o tédio)

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Thursday, August 10, 2006

Lembra daquela música do Garotos Podres? (ah, adolescência. hehe.)

"Oi, tudo bem?
Tudo bem.
Fora o tédio que me consome todas as 24horas do dia.
Fora a decepção de ontem, a decepção de hoje e a desesperança crônica no amanhã.
Tenho vontade de chorar, raiva de não poder, quero gritar até ficar rouco, quero gritar até ficar louco.
Isso sem contar a ânsia de vômito, reação a tal pergunta idiota.
Fora tudo isso, tudo bem."


Pois é assim que eu me sinto. ponto.

Wednesday, August 09, 2006

Um Depoimento de Fé

Já há algum tempo tenho sentido um desgaste enorme no meu ambiente profissional. Cercada de pessoas sem caráter, capazes de negociar a mãe em troca de status - e com o agravante de sequer alertar o comprador do (péssimo) estado de conservação da mercadoria - gentes que aceitam ser humilhadas, expostas...
Gentes de todos os tipos, todos de quinta categoria.

Durante alguns dias fui tomada por uma onda de desespero. Cheguei a sentir a presença do encosto aonde quer que eu fosse. Não queria mais sair de casa, pois aquela imagem do encosto - vozes deformadas e imagem borrada - me aterrorizava.

Desesperada, senti que precisava de algo maior. Algo em que acreditar, algo poderoso, capaz de justificar as provações do dia-a-dia. Não aguentava aquela situação.
Nessa procura desesperada pensei no único canal real de comunicação com deus, a televisão. Zapeei noites e noites pelos canais evangélicos, me emocionei com depoimentos reais de pessoas que chegam aos templos com dores e durante o culto são completamente curadas - todas elas devidamente pagas para fazer papel de idiota. Foi algo que me tocou, mas senti que ainda não tinha encontrado A Verdade.

Surpreendentemente a resposta não veio por meio dos filosóficos canais evangélicos, foi a Discovery que me levou à luz.
Lembro da imagem da mãe natureza - ali representada por animais de grande porte, como cavalos e elefantes que, com tranquilidade, andavam e cagavam na relva. Em meio à toda turbulência que eu vivia, entendi que em algum lugar existia alguém que Cagava e Andava.

E foi nesse momento mágico me encontrei: o Grande Deus Caganda - Aquele que Caga e Anda.

Tenho encontrado muita paz de espírito adotando sua filosofia.
Não há mais desespero ou sentimento de solidão, com Caganda eu me sinto sempre protegida e capaz de me divertir com a desgraça alheia.
Mas não se engane, a arte do desprendimento é complexa e requer uma certa dose de esforço. É preciso mandar muitas pessoas à merda, e muitas vezes falta compreensão por parte delas, que não estão prontas para aceitar a Deus.
Um dos grandes fundamentos dessa religião é a não cobrança de dízimo. Este é substituido em seus ensinamentos pelo investimento do dinheiro dos fiéis em substâncias capazes de favorecer o processo de cagar e andar - etílicos e fermentados têm sido fundamentais nesse processo há milênios.

É por isso que hoje eu registro aqui o meu encontro com Deus Caganda, na esperança de que todos possam ser salvos.

Cague e Ande você também. Eu recomendo!

Friday, August 04, 2006

* * *

Pois bem.

Já tem algum tempo que eu tenho pensado em fazer terapia.

Teve a vez do dentista tiozinho:

- Minha filha, você tem que parar de ranger os dentes durante a noite. Tá tudo gasto, tá parecendo dente de velho! - assim, sutil.

- Vou ter que usar plaquinha, Doutor? - eu, toda meiga.

- Plaquinha? Há! Isso aqui só terapia resolve. - assim, fofo.

E ontem a minha coaching quase conseguiu me fazer chorar durante a sessão. Me cutucou até a alma e terminou dizendo que seria muito muito muito bom continuar com o acompanhamento de um profissional.

Poxa, mas o barato é caro pra caramba, não é?! E prioridades financeiras pra mim não faltam.

É, terapia de c* é r****.

* * *

Nos dias de desespero eu ligo pro CVV e mando um cristão tomar no cú.

* * *

Por que diabos as pessoas cortam os rabos dos seus próprios cachorros fofos bebês?
Coisa doida.

Tobias fica angustiado com o cotoco. Tenta agarrar, morder, coçar. E nada, coitado. O cotoco fica lá, inalcançável.

Engraçado é ele colocando o cotoco entre as pernas quando recebe uma bronca. Mas eu fico com peninha. Não ter o polegar opositor já é sofrimento demais pros pobrecitos, cortar o rabo é sacanagem.

* * *

BeliscoPai vai ser nosso fiador. Maravilha não ter que deixar mais dinheiro pros putos.

Gentes de imobiliária não valem um tostão, acredite em mim.

* * *

Hoje é sexta-exta-exta. Maravilha-ilha-ilha.

* * *

Wednesday, August 02, 2006

De vorta.

15 dias de férias divinamente aproveitados.
Me desliguei de tudo, gastei o que podia e o que não podia em mim e só em mim, comi feito uma porca, dormi feito um bezerro e por último, mas não menos importante, curti demais a família.

Cena 1

Eu abraçada com o Belisco, comendo banana frita com gemanda e curtindo o friozinho dos últimos dias, enquanto o Tobias ronca gostoso na caminha dele e os gatos dormem enroscados no sofá. Assistindo "De tanto bater meu coração parou".

Não dá pra querer muito mais que isso pra ser feliz, né?!

Ainda fui à praia, tirei dois sisos, fiz a tatuagem (ainda não foi a pin up), fui pra Campinas com meu pai, visitei minha mãe, comi comida árabe na casa dos BeliscosPais e vi dezenas de filmes - bons e porcarias. Uma belezura-ura-ura!

* * *

E eu que achei que voltaria ao trabalho com toda a disposição do mundo...

Verdade, num guento mais.

Mas não, não tou aqui pra ficar resmungando sentada sobre a minha pobre buzanfa. Tou bolando um plano mirabolante pra sair desse lugar. Rumo a um lugar melhor, é claro.

* * *

De volta às aulas?

Pff, não nesse frio.

* * *

Tou cada vez mais ansiosa com a mudança. Final de semana que vem nós vamos visitar bairros agradáveis à procura de plaquinhas de aluga-se.

Desejem-nos sorte.

* * *

Dia 12 eu volto ao estúdio pra terminar a tatuagem. Pois é, agora vem o mais dolorido - a parte de dentro do braço.
Não sei se vou aguentar mais 3 horas de agulhadas - na última hora liguei até pro Papa pra puxar papo e não me concentrar na dor.
Idéia tosca de ir à praia antes de tatuar. O filtro fator 30 não foi suficiente e a cor custou a pegar.
Enfim, tou feliz feliz com o que tá feito e certa de que vai valer a pena mais sofrimento pra deixar ainda mais choínha.

O barato é louco e o processo é lento. Como diria meu mano, o Brown.

* * *

Agradeceria muito se alguém me ajudasse a encontrar o documentário do Nelson Freire pra alugar ou baixar da internet.

André, você tem, não tem?

* * *

Friday, July 21, 2006

Como de praxe tirei tudo o que interessava do armário e amontoei no chão.
Sentei ao lado da pilha de roupas pra selecionar o que levar e o que não levar na viagem. Dobrar e guardar.

Sem levantar me estico pra pegar uma peça importante na gaveta de baixo, ao meu lado.

A porta da varanda, de vidro, cai na minha frente.

Tem vidro por toda parte. Menos em mim.

**

Se eu acreditasse em dEuS, seria a hora de dar-lhe o devido crédito.
Se eu tivesse um pouco mais de sorte, teria uma cåmera ligada ao meu lado e enviaria a gravação pro Vídeos Incríveis.
Pois é, não dá pra querer sair viva de um lance desses e ainda ganhar um trocado.

**

Boa viagem.

Desejem-me sorte.