Monday, March 27, 2006

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a gente faz assim:
diz que tá tudo bem, pergunta e você, dá as costas e vai embora.

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nunca mais assisto closer, não nessa encarnação.
me dói sempre. no começo, no meio e no fim.
eu sempre soube disso, mas continuo com a mania de insistir no que parece inevitavelmente errado.
(o que também (e principalmente) se aplica a lugares e pessoas.)

mudar de cidade, eu sei, não tornaria tudo mais fácil. idéia besta.
a gente muda de cidade, de bairro, de amigos, de costumes e tudo volta, mais cedo ou mais tarde, pro mesmo lugar.
só que de vez em quando (e de vez em sempre) dá uma vontadona de fugir.
das coisas boas e das coisas ruins. porque saber se as coisas são boas ou ruins já é ruim. ponto.

faz falta sentir que não se sabe das coisas.
fazer agir e pensar sem se sentir culpada. foi só pra saber se, eu diria.

aqui não dá.

falo sabendo que amanhã vou desfalar.
sinto sabendo que amanhã vou dessentir.
e me entrego, ou tento, sabendo que amanhã vou pedir de volta.

não é saudade daquela história. saudade zero dela diga-se de passagem. como lembrança vale.
saudade daquela sensação - e é tudo tão fresco na cabeça da gente.
as frases eram ditas de forma tão natural quanto respirar, sabe, uma coisa de doido.
porque eu respirava o outro. sentia assim, a mim, no outro.

tipo droga mesmo.
a eterna busca pela mesma sensação.
que não vem. vem? não vem.

me apaixonei uma vez.
e foi bom. e intenso. e todo aquele blablabla que a gente conhece. foi.
e se eu soubesse que era assim eu teria.
nada né. porque foi perfeito.
(rss, vontade de dizer: teria sublimado os sentimentos pra não viver esse vazio depois (com a postura ereta e voz de quem sabe demais das coisas). mas é mentira, não é? lo-ro-ta.)

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sem tristezas por aqui tá.

só uns vazios que a gente encontra e de repente começa a entender.
uns lances bestas bestas que, sei lá, de repente a gente até aprende a conviver.
ou não. eu não.


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tá claro que eu não quero confete ou quer que eu desenhe?
(e eu ouço o André me chamando de guria orgulhosa. aí eu faço bico e olho pra cima com cara de desdém. e a gente ri e eu dou a minha risada especial pra ele - uma puta paga. (ele, não eu.))


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6 comments:

Anonymous said...

e aí, mayumits!
seu teléfono está funcionando direito?

beijoca, sil

May said...

Sim Sim Sim! Tá fununciando, só não por quanto tempo. Aproveita vai.

Sério, tava tomando banho agora, admirando a cortina de pin ups do box e pensando em você.

Saudadíssimas.

(vamo pra Ilha Grande no feriado de Tiradentes???)

Anonymous said...

Vou te ligar hoje à noite, lá pelas 23hs, all right?
Sobre a viagem, tenho que ver a escala de folga...se eu tiver uns dois dias livres, pelo menos, vou já me programar pra esse viagem. Vai rolar com certeza?
Nos falamos de noite.

Beijoca, sil

May said...

Aim, cheguei tarde. Mil coisas por aqui, um milhão delas.

Queria e quero muito muito falar com você. Te ouvir na verdade, que eu tou numa fase (eterna?) de poucas coisas a dizer. Tava precisando dos seus problemas que me são sempre novos e eu sempre tenho vontade de ouvir e ajudar de alguma forma. Ouvindo mesmo, de preferência.
Tenta ligar amanhã. Tenho faculdade, mas acho que pelas meianoites eu tou em casa.

Te quiero Xuxu.

(se você for folgar na páscoa podemos combinar alguma coisa também. eu iria pra Curitiba te visitar, ou te convido pra vir pra cá, que tal?)

May said...

como assim a resposta ao seu comment não aparece?

Anonymous said...

Como assim, como assim? Resposta de qual comment? De outro, né? Daquele que eu repeti, porque a postagem do que eu tinha escrito primeiro nunca aparecia. Aí eu escrevi duas vezes e falei que tinha ficado com vergonha de tudo aquilo.

May, eu acabei não te ligando porque esqueci quando cheguei, desculpa. Ontem eu dormi às...18hs!! Até as 5h00 da manhã do dia seguinte. Quase 11 horas! Estou dorminhoca ou o quê?

Hoje eu vou dar uma saidinha com o Bruno (Mr. Bean), vamos à despedida do cara que mora com ele. Então acho que não vou te ligar hoje, a menos que chegue até a meia-noite, ok.

Então talvez até hoje, ou até amanhã!

beijoca, sil