Monday, March 06, 2006

São Paulo, 06 de Março de 2006

Ao Sr. José Tomeu

Eu, Mayumi de A. e S. Sato, CPF xxx.xxx.xxx-xx, inquilina do apartamento 72 da Rua Doutor XXX XXXX, nº 186, venho por meio desta solicitar uma providência com relação ao zelador do edifício, Sr. Francisco.

Como já é de conhecimento (conversei com o Sr. Amaury por telefone, e este me disse que já recebeu diversas reclamações a respeito, porém nenhuma delas chegou a ser formalizada), informo que o zelador está constantemente embriagado e impossibilitado de exercer suas funções. O fato é que na última sexta-feira, 03 de Março, fui abordada de forma desrespeitosa e agressiva após chegar ao edifício e solicitar que o zelador abrisse a porta de entrada (por volta das 19:30).

Minutos depois de subir ao meu apartamento, acompanhada de uma visita, o zelador foi até a minha porta exigindo explicações com relação à minha chave. De acordo com ele: “sabia muito bem com quem ela estava” e quando pedi explicações com relação àquela afirmação disse que teria provas contra mim. Deixou a entrada do apartamento em seguida.

Minutos depois, ele retornou à minha porta, dessa vez acompanhado pela esposa, com um caderno onde anotava o nome das pessoas autorizadas a entrar no prédio. Alterado, insistia que tinha provas contra mim e que não teria obrigação de abrir a porta se eu tenho uma chave da entrada.

Nesse momento estava acompanhada de outras duas pessoas, também inquilinos do edifício, que perceberam quão alterado ele estava e que não adiantaria tentar conversar naquele estado. Fechamos a porta do apartamento e disse que conversaria com ele novamente apenas quando não estivesse embriagado.

Com receio de ir à portaria sozinha, pedi que me acompanhassem, foi quando ao chegar a um dos apartamentos vimos que a luz estava desligada. Nesse momento chamamos a polícia que conversou com o zelador e reacendeu a luz.

Ressalto alguns pontos com relação ao acontecido:

- Não autorizo a entrada de pessoas que porventura solicitem a minha chave ao zelador, ou solicitem a abertura da porta de entrada. Todas as vezes em que recebi alguém na minha residência, conforme solicitado desde o início, desci à portaria pessoalmente.

- Estava acompanhada de terceiros durante o ocorrido, e essas pessoas – inclusive a que chegou comigo ao prédio e não é residente do mesmo – estão dispostas, se necessário, a depor a respeito, uma vez que fui acusada de algo que não tenho conhecimento.

- No sábado após o ocorrido fui abordada pelo zelador que saía embriagado de um bar informando que ele teria sido procurado por alguém pedindo a minha chave para ir à minha casa. Acredito que ele tenha inventado essa história para justificar a sua atitude na sexta-feira ou tenha sido abordado alguém que desconheço. Reafirmo que não autorizo a entrada de pessoas que a solicitem sem a minha presença.

- Ontem fui informada por outro inquilino, que o zelador após o episódio, o têm divulgado referindo-se à mim como de forma pejorativa.

Mais do que o conteúdo abordado acima, ressalto a forma como fui e venho sendo tratada pelo zelador que não tem condições de exercer suas funções com clareza. Outros moradores estarão, nos próximos dias, providenciando um abaixo assinado informando que também têm ciência do fato.

Entendo que o zelador, hoje, oferece um risco à minha permanência no edifício e à minha moral. Caso essa situação se prolongue providenciarei as ações judiciais cabíveis.

Estou enviando essa carta via e-mail e motoboy para registro do recebimento.

Aguardo contato para esclarecimento e posicionamento da administradora.

Mayumi de A. e S. Sato

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