Wednesday, February 08, 2006

Calor de rachar.
Imagina que ontem cheguei em casa 1h da manhã suando em bicas.
Sinto pena dos gatos, que acabam ficando o dia inteiro enfurnados no apartamento, correndo atrás dos próprios rabos.
Desde que a Catarina se foi, quando caiu do 7º andar estatelada na casa do porteiro, eu morro de medo de deixa-los livres leves e soltos quando não estou por perto.
Já pensei em colocar rede na varanda também (a Catarina caiu da área de serviço, essa já foi devidamente isolada), mas eu gosto tanto de sentar no parapeito de vez em quando, ouvir New Model Army e sentir o vento no rosto. Não dá. Além de me privar dessa sensação de liberdade, esteticamente, a coisa não soa bem.

Falando em gatos.

Bud Spencer continua gordo. Uma bola de pêlos ambulante. Fofo fofo.
De vez em quando não aguento e o aperto com gosto, até ouvir um resmungo rouco e fino. Aí eu paro, que gato morto não vale de nada.
Desde que o Marcelo foi embora, sinto o Budinho um tantinho mais carente. De vez em sempre olha pra mim e mia sofrido até que eu dê uma coçadinha no cangote.
Mas nada de muito meloso. Bud Spencer é um gato durão. Se não te conhece, não te confia.
A única coisa que me enche é a mania dele de me acordar pra colocar comida, ainda que pote esteja cheio. Enquanto eu não levanto, vou até o pote e dou uma mexidela, fingindo que tou colocando comida nova, ele não sossega. Mas depois disso ele se farta de ração e não resmunga mais.

Clarinha continua mais cã que muito poodle. Magrela que só, fica o tempo inteiro atrás, prestando atenção no que estou fazendo.
Adora dormir em cima do monitor do computador, e de vez em quando, acaba com a teoria de que os gatos caem de pé. Ela cai, de costas, no colo de quem estiver sentado usando a máquina.
Tem um jeitinho lindo de pedir atenção, esticando a patinha e encostando de leve no seu rosto. Não tem quem não se derreta por ela. Gata mais dada que essa, não há.
Dia desses alguém ainda vai coloca-la na mochila e levar embora.

Gatos são companhias ideais. Vivo dizendo isso a quem se aventura a viver sozinho.
Um lance meio Bill Muray, rss, silencioso, sem resmungos. E uma carência boa de vez em quando, na medida certa.

O mundo só seria perfeito se as pessoas qualificadas parassem de modernizar ipods e automóveis a cada 3 segundos.
Com tanta tecnologia, por que diabos ainda não inventaram um aspirador silencioso?

**

(mas eu continuo achando que todos os cães merecem o céu. se eles dessem menos trabalho, teria uma dúzia deles em casa. mas a Maria Eduarda, dálmata da minha irmã, me faz pensar duas, três vezes antes de fazer uma besteira. cachorra doida.)

(o apelido da minha irmã é noínha.)

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